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Fipe/Bionexo: preços de medicamentos para hospitais caíram 0,16% em janeiro

Os preços dos medicamentos comprados pelos hospitais caíram 0,16% na passagem de dezembro para janeiro, conforme o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H). A queda foi levemente maior que a do mês anterior, quando os preços recuaram 0,14%, e representou o nono recuo consecutivo do índice no histórico mensal. O IPM-H é calculado pela Fipe a partir de dados de transações realizadas na plataforma Bionexo – empresa de tecnologia SaaS, líder em soluções para gestão em saúde.

Em termos comparativos, a inflação ao consumidor em janeiro, medida pelo IPCA, foi de 0,31%, sendo acompanhada por discreta alta nos preços apurados pelo IGP-M, de 0,07%. Além disso, dados divulgados pelo Banco Central indicaram que a taxa média de câmbio registrou alta de 0,35% no último mês, o que corresponde a uma depreciação da moeda brasileira no mercado.

Individualmente, os grupos terapêuticos que integram a cesta do IPM-H registraram os seguintes comportamentos em janeiro: aparelho geniturinário, 4,30%; sistema musculoesquelético, 1,61%; aparelho digestivo e metabolismo, 0,95%; órgãos sensitivos, 0,76%; sistema nervoso, 0,75%; agentes antineoplásicos, 0,33% e preparados hormonais, 0,01%.

Já as quedas foram de 2,38% nos medicamentos para aparelho cardiovascular; 1,71% nos remédios para tratamento do aparelho respiratório; 1,61% nos medicamentos para sangue e órgãos hematopoiéticos; 0,83% nos anti-infecciosos gerais para uso sistêmico; e 0,51% nos imunoterápicos, vacinas e antialérgicos.

Em 12 meses, os preços dos medicamentos para hospitais medidos pelo IPM-H registraram uma queda de 3,90%. Esse resultado pode ser atribuído ao recuo na maioria dos grupos terapêuticos incluídos na cesta do índice.

Os preços dos remédios para o sistema nervoso recuaram 22,74%; os de sangue e órgãos hematopoiéticos, 12,50%; os do aparelho digestivo e metabolismo, 8,17% e os do aparelho cardiovascular, 5,02%. Ainda, ficaram mais baratos os para sistema musculoesquelético (-4,66%), os anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-2,82%), os preparados hormonais (-2,09%) e os imunoterápicos, vacinas e antialérgicos, (-1,82%).

Os demais grupos terapêuticos, em contraste, registraram valorização nos últimos 12 meses. Os medicamentos do aparelho geniturinário subiram 9,18%; os do aparelho respiratório, 4,78%; os dos órgãos sensitivos, 3,65% e os agentes antineoplásicos, 2,03%.

"As variações observadas nos últimos dois meses foram bem discretas e não fugiram do padrão sazonal esperado para o período inicial do ano", ponderam, em nota, os técnicos responsáveis pelo levantamento. "Com a proximidade dos reajustes anuais dos medicamentos, em abril, e de mudanças nas alíquotas do ICMS em alguns Estados, são grandes as chances de interrupção na série de resultados negativos do IPM-H", completam.

Em um horizonte ampliado, que leva em consideração a trajetória dos preços de medicamentos para hospitais desde o início da pandemia, o IPM-H acumula uma alta nominal de 12,40%. Esse resultado pode ser atribuído à estabilidade dos preços com a vacinação e queda dos números da covid-19, notadamente em medicamentos anti-infecciosos, fármacos atuantes sobre os sistemas nervoso e musculoesquelético, bem como aqueles relacionados ao aparelho digestivo e metabolismo.

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