O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, irá se reunir nesta terça-feira, 20, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Casa Civil, a pasta de Relações Institucionais e lideranças do Congresso para definir a pauta prioritária do governo no Congresso. Entre os assuntos estará a Medida Provisória que prevê a reoneração da folha de pagamentos, afirmou nesta segunda-feira, 19, Haddad à imprensa, ao explicar que levará o tema para Lula amanhã. Na avaliação de Haddad, o ambiente hoje está "muito mais favorável" para o Executivo "sentar e discutir" com o Congresso sobre o assunto ao longo do próximo mês, reforçando a expectativa de que, em breve, as negociações sobre a desoneração sejam finalizadas.
"O Ministério nunca se furtou a sentar à mesa com o Congresso para encontrar denominador comum. Eu penso que hoje o ambiente está muito mais favorável para a gente sentar e discutir isso ao longo do próximo mês e, quem sabe, até finalizar as negociações e concluir esse processo", disse há pouco. Segundo ele, na reunião que teve mais cedo com lideranças do governo, foi discutido não só o encaminhamento de formato da reoneração, mas também questões de "mérito", uma vez que o governo e o legislativo precisam resolver uma forte renúncia fiscal (de R$ 12 bilhões), caso os parlamentares mantenham a desoneração da folha durante todo o ano de 2024.
"Fizemos apanhado de considerações feitas por líderes, por Rodrigo Pacheco presidente do Senado, que tem grande prestígio junto ao presidente Lula; mas também entramos um pouco no mérito das questões, dos números, para explicitar e todos terem a consciência do que está em jogo. O volume de recursos é muito considerável, e a gente precisa dar os passos necessários para completar nosso ciclo fiscal, que começou no ano passado", disse Haddad, que, no entanto, não soube especificar se as lideranças presentes na reunião, amanhã, serão somente as de governo ou se o encontro envolverá também líderes partidários.
Segundo o ministro, a reunião servirá para o governo definir a pauta no Congresso, após o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ter feito um "inventário" com propostas prioritárias do Executivo, que serão levadas a Lula.
"E óbvio que os nossos projetos, não apenas a MP, mas sobretudo o conjunto de leis que já estão tramitando, que melhoram ambiente de negócios, em seguros, mercado de capitais, crédito, tudo isso vai ser levado", disse, lembrando que alguns projetos foram enviados com urgência constitucional ao Congresso, mas tiveram essa etiqueta retirada a pedido das Casas. "Então queremos que as duas Casas reconsiderem e aprovem", acrescentou.
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