O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) deve encerrar o mês de fevereiro com alta de 0,43%, após subir 0,46% em janeiro, estima o coordenador do índice, Guilherme Moreira.
O grupo Alimentação deve responder pela maior parte da pressão de alta do índice no mês, mas com menos intensidade em relação ao fechamento de janeiro, destaca o coordenador, que estima desaceleração do grupo a 0,90% (ante 1,09% em janeiro). "Temos in natura bastante pressionados ainda, pelas questões climáticas que prejudicaram a produção, mas esse efeito vem se moderando ao longo do tempo", explica Moreira.
Ele também cita que os alimentos industrializados e semi elaborados têm tido comportamentos mais benignos, o que também ajuda na trajetória de alívio do grupo.
O grupo Transportes, em contrapartida, deve ser o principal grupo a acelerar em fevereiro, na comparação com janeiro, como efeito da nova alíquota de ICMS sobre os combustíveis, que passou a vigorar no último dia 1º. Moreira destaca que, na ponta, a gasolina subiu 2,39% na terceira quadrissemana de fevereiro (ante 1,74% na leitura anterior), enquanto o etanol avançou 5,07% (ante 3,49%).
"Fora isso, não vemos movimentos marcantes na composição do IPC-Fipe, que vem seguindo conforme o esperado", pontua o coordenador.
Conforme divulgou a Fipe no início da manhã desta sexta-feira, 23, o IPC encerrou a terceira quadrissemana do mês com alta de 0,46%, em leve desaceleração em relação à quadrissemana anterior, de alta de 0,49%.