O ouro fechou em alta nesta sexta-feira, 8, e chegou a ultrapassar US$ 2,2 mil, alcançando maior nível intraday da história, em US$ 2.203 a onça-troy. Os preços do metal foram beneficiados pelo enfraquecimento do dólar e dos juros dos Treasuries no exterior, após o relatório de empregos (payroll) dos Estados Unidos renovar expectativas por cortes de juros a partir de junho.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril encerrou o pregão com alta de 0,94%, a US$ 2.185,50 a onça-troy. Na variação semanal, o ganho foi de 4,28%.
O rali do ouro nesta sexta-feira permitiu ao metal precioso encerrar o pregão no maior nível desde a criação do seu contrato de negociação em 1974, poucos dias depois de ter renovado o recorde.
Para a Capital Economics, o movimento resultou de diferentes fatores financeiros e macroeconômicos que devem manter os preços elevados durante todo o ano, com o ouro cotado em US$ 2,1 mil a onça-troy até o final de 2024.
A Capital destaca que, nesta sexta, sinais de arrefecimento no mercado de trabalho americano foram os principais catalisadores do ouro, por ampliar a confiança em cortes do Fed a partir de junho.
"A desvalorização do dólar contra outras divisas fortes também contribuiu, mas não explica sozinha o aumento semanal de quase 5%", apontou a consultoria.
Por outro lado, o Commerzbank vê "muito otimismo" no mercado do ouro sobre a possibilidade de cortes de juros e afirma que somente quando o Fed começar o relaxamento monetário de fato haverá um "potencial de alta duradouro" nos preços do metal.
Em relatório, o TD Securities argumenta que este é o momento ideal para uma realização de lucros no ouro.
"Vamos manter uma posição longa tática no ouro ligada as assimetrias entre o posicionamento especulativo do mercado e fluxos físicos de demanda do metal", afirmou o banco de investimentos.
De acordo com monitoramento do TD, as expectativas de demanda por commodities estão crescendo.
<i>*Com informações da Dow Jones Newswires</i>