As taxas de juros negociadas no mercado futuro sustentam nesta segunda-feira, 25, tendência de queda em toda a extensão da curva, em um movimento atribuído a um ajuste a altas anteriores, enquanto o investidor aguarda por novos indicadores na semana. Os juros dos Treasuries seguem em alta, mas já distantes das máximas do dia. E o dólar está recua ante o real e a maioria das moedas pelo mundo.
Para Alexandre Lohmann, economista-chefe da Constância Investimentos, o mercado opera em compasso de espera para a ata do Copom, tanto da parte relacionada à retirada do "plural" no "forward guidance", quanto no que diz respeito do ciclo de queda de juros. E nessa análise, afirma, cabe ressaltar também a importância da política monetária americana, que pode influenciar as decisões do Banco Central do Brasil.
"Mesmo que os diretores do BC afirmem que a política de juros americana não ter relação mecânica com a brasileira, a queda de juros nos Estados Unidos favorece a continuidade dos cortes por aqui", observa.
Na agenda norte-americana, o economista observa ainda a divulgação do índice de inflação PCE, o favorito do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. "Enquanto muitos analistas observam o CPI, que está ainda distante da meta do Fed, o PCE caminha para ela, com o consenso de mercado já em 2,5%", diz.
Às 11h07, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 tinha taxa de 9,890%, ante 9,913% do ajuste de sexta-feira.
O DI para janeiro de 2026 projetava 9,830%, contra 9,856% do ajuste anterior. E a taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 10,075%, de 10,109%.