O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à CNN gravada na terça-feira, 26, e exibida na íntegra nesta quarta-feira, 27, que as pautas econômicas no Congresso vão caminhar em 2024. "Tudo anda", comentou, sem especificar os projetos.
Questionado sobre o impacto das eleições municipais para o andamento desses temas, como a reforma dos impostos de renda, Haddad disse que a Fazenda não controla o calendário eleitoral e que a Pasta está dedicada a formatar os textos da regulamentação da reforma do consumo.
Esses textos devem ser entregues ao Congresso na primeira quinzena de abril. Ele pontuou que acredita que a regulamentação possa ser aprovada na Câmara no primeiro semestre e que vê espaço para avanço de outros textos da agenda microeconômica.
Haddad reiterou que a Fazenda tem boa relação com o Congresso, uma linha direta, e alertou que só há preocupação quando a polarização coloca em risco pautas que são cruciais para o futuro do País, como a reforma tributária sobre o consumo.
Ele relembrou a pressão da oposição para barrar o avanço do texto, que acabou aprovado e promulgado em 2023.
<b>Campos Neto</b>
O ministro da Fazenda afirmou ainda que tem uma relação construída com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e que é normal os dois terem pensamentos diferentes em relação a algumas questões. "Eu e Roberto nos falamos com frequência, mais do que vocês imaginam", comentou.
Haddad disse que quando pontua algumas situações sobre a condução da política monetária, não é uma crítica institucional ao BC.
O ministro também disse que defenderá os interesses do BC tanto quanto defende o dos servidores da Fazenda.