As bolsas de Nova York fecharam sem direção única, nesta quarta-feira, depois que dado mais fraco de serviços nos Estados Unidos alimentou esperança pelo ciclo de relaxamento monetário no país. O indicador mitigou a pressão causada por leitura de emprego forte, no dia em que o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, reforçou a mensagem cautelosa sobre os próximos planos.
O índice Dow Jones encerrou a sessão em baixa de 0,11%, aos 39.127,14 pontos; o S&P 500 avançou 0,11%, aos 5.211,49 pontos; e o Nasdaq ganhou 0,23%, aos 16.277,46 pontos.
Os negócios abriram o pregão no vermelho, após a ADP informar que o setor privado dos EUA criou 184 mil empregos em março, mais que o esperado. O resultado pavimenta as expectativas para o relatório oficial do mercado de trabalho americano, o payroll, que será divulgado na sexta-feira.
O ímpeto, no entanto, se revigorou com o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços, que recuou a 51,4 no mês passado, de acordo com o Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês). Após a divulgação, a curva futura ampliou a aposta de que o Fed abrirá o ciclo de relaxamento em junho, conforme mostrou a plataforma de monitoramento do CME Group.
O movimento abriu espaço para um quadro relativamente benigno em Wall Street no começo da tarde, sem sobressaltos em meio ao pronunciamento de Powell. O banqueiro central repetiu a mensagem que já havia transmitido na última sexta-feira: os juros só vão cair quando o Fed tiver "mais confiança" de que a inflação caminha de volta à meta de 2%.
Mais tarde, o clima voltou a piorar e parte dos ganhos foi devolvida. Em destaque negativo, a ação da Boeing caiu 1,66%, depois que reportagem da <i>Reuters</i> revelou que a produção do avião 737 Max caiu acentuadamente nas últimas semanas. Na esteira, United Airlines perdeu 2,26% e American Airlines baixou 1,67%.
Já a Intel tombou 8,22%, no dia seguinte ao anúncio de que a unidade de fabricação de chips semicondutores da companhia amargou prejuízo de US$ 7 bilhões no ano passado. Disney caiu 3,13%, depois que o acionista investidor Nelson Peltz perdeu em uma batalha por influência no conselho da empresa.