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Feira do Livro Infantil de Bolonha: Brasil tem participação recorde

A Feira do Livro Infantil de Bolonha começou na segunda, 8, com uma programação marcada por debates sobre os impactos da inteligência artificial na produção literária. Ilustradores têm convocado pares para a veiculação de manifestos pela regulação do uso de tecnologia. O tema esteve presente na última edição, mas ganhou força ao longo do último ano, inclusive no Brasil, com a desclassificação de um dos semifinalistas do Prêmio Jabuti. A feira de Bolonha é o maior encontro do mercado editorial dedicado à literatura infantil e juvenil.

Em 61 edições, esta recebe a maior delegação brasileira de todas. A Câmara Brasileira do Livro (CBL) confirmou a participação de 23 editoras, uma a mais do que na edição passada. No balanço de 2023, a organização contabilizou US$ 448 mil em negócios para as 22 participantes, com a venda de livros físicos e direitos autorais.

"Esta edição representa um marco para o Brasil, que está recebendo um prêmio importante e possui várias indicações em outras categorias de prestígio", aponta Sevani Matos, presidente da Câmara, referindo-se a Dia de Lua, de Renato Moriconi, da editora Jujuba, que receberá o troféu de melhor livro para bebês. "Esses reconhecimentos elevam o status da literatura infantil brasileira internacionalmente, aumentando sua visibilidade e abrindo caminhos para que autores, ilustradores e editoras brasileiras alcancem um público mais amplo", completa.

<b>ESTANDE PRÓPRIO</b>

Além disso, pelo segundo ano consecutivo, o Instituto Emília estará com um estande. O espaço terá obras de editoras brasileiras de diferentes portes e regiões do País, além da presença dos artistas visuais Anita Prades (de Fio de Rio) e de Daniel Kondo (de Nós, em conjunto com o cantor Gilberto Gil). A instituição também organiza parte dos debates do evento, em parceria com a feira.

No total, cerca de 1,5 mil expositores de 100 países estão confirmados. A programação prossegue até a quinta-feira, 11, com a participação de grandes escritores e ilustradores, como Bart Moeyaert (de <b>A Criação</b>, da Bélgica), Julia Donaldson (de <i>O Grúfalo</i>, do Reino Unido), Paloma Valdivia (de <i>É Assim</i>, do Chile), Lorenzo Mattotti (<i>de Estigmas</i>, da Itália) e Lincoln Peirce (<i>de Big Nate</i>, dos Estados Unidos).

Entre os autores brasileiros, o escritor Victor Dias de Oliveira Santos (de O Que Nos Faz Humanos) participará da programação. Já os escritores Daniel Munduruku (de Contos Indígenas Brasileiros) e Jacques Fux (de <i>Dona Ivone Lara e o Sonho de Sambar e Encanta</i>r) estarão com a delegação da CBL.

<b>DIVERSIDADE</b>

Outro tema de destaque do evento será a diversidade e visibilidade de autores indígenas, negros e de países africanos. A feira também terá mesas voltadas a abordar o modo como envolver as crianças nas discussões sobre as mudanças climáticas e a sustentabilidade.

Além disso, produções de 78 artistas de 32 países estarão expostas em uma mostra especial. Cinco brasileiros estão entre os selecionados, de um total de cerca de 3,5 mil inscritos. São eles: Bruno de Almeida, Guilherme Karsten, Irena Freitas, Henrique Moreira e Fernando Vilela.

As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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