As incertezas do cenário internacional voltaram a se impor sobre o mercado futuro de juros doméstico e as taxas retomaram a alta na manhã desta sexta-feira, 12, depois de terem registrado queda na primeira hora de negócios. Embora as taxas dos Treasuries registrem queda em toda a curva, seu potencial de influência sobre os juros negociados no Brasil é neutralizado pela alta do dólar, que há pouco chegou a superar os R$ 5,13 no mercado à vista e os R$ 5,14 no futuro.
"Há um problema sério de inflação nos Estados Unidos. O cenário não mudou e não vemos para qual lado o Federal Reserve vai olhar para cortar juros, já que o argumento para isso está cada vez mais fraco", diz o economista-chefe da Constança Investimentos, Alexandre Lohmann.
Para ele, o cenário de inflação no Brasil segue bem menos problemático, mas o mercado sente o peso das incertezas externas.
Às 11h02, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2026 tinha taxa de 10,24%, ante 10,21% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2029 projetava 11,12%, ante 11,07%.