O empresário Elon Musk perguntou em seu perfil no X (antigo Twitter), rede social da qual é dono, quanto custaria comprar a TV Globo. A pergunta do bilionário no domingo, 21, foi uma resposta a um perfil de sátiras, que o marcou em uma postagem, em inglês, afirmando que o "grande problema do Brasil se chama TV Globo".
O perfil nomeado de "Joaquim Teixeira" sugeriu ao bilionário que gastando alguns dólares, ele poderia comprar a emissora "demoníaca" e "salvar nosso País". Após perguntar quanto custaria a transação, Elon tuitou novamente, com um emoji de gargalhada.
Mesmo se não fosse brincadeira, a emissora não poderia ser vendida para o estrangeiro. A lei brasileira diz que apenas brasileiros natos ou naturalizados há pelo menos 10 anos podem ser proprietários de empresas jornalísticas e de radiodifusão no País.
Fundada em 1965, a emissora nunca esteve à venda.
Atualmente, Elon Musk é uma das pessoas mais ricas do mundo, com fortuna estimada em quase US$ 180 bilhões.
O bilionário foi destaque no domingo ao ser exaltado pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e por aliados dele no ato na praia de Copacabana, no Rio. O dono do X foi chamado de "mito da liberdade" por Bolsonaro e referenciado em cartazes e gritos dos manifestantes. "Quando eu estive com Elon Musk, em 2022, começaram a me chamar de mito. Eu falei não, aqui sim temos um mito da liberdade: Elon Musk ", disse Bolsonaro.
Há pelo menos duas semanas, Musk tem instigado uma campanha contra instituições brasileiras, principalmente em desfavor do Supremo Tribunal Federal (STF) e do ministro Alexandre de Moraes. O empresário afirmou que Moraes é "contra a democracia" e acusou o ministro de autoritarismo e de praticar censura no País.
O ministro deu cinco dias para a rede social se manifestar sobre um relatório da Polícia Federal (PF) que aponta que o X permitiu a transmissão de lives por seis perfis bloqueados por decisão judicial.
O prazo vence nesta sexta, 26. No conflito entre Musk e a Justiça brasileira, o empresário ameaçou não cumprir decisões judiciais, e, como resposta, Moraes o incluiu no inquérito das milícias digitais.