Em um quadro de maior cautela sobre as perspectivas de inflação nos Estados Unidos, a curva futura voltou a embutir cenário mais provável de apenas um corte de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) este ano, embora as apostas sigam bem divididas. É o que mostra a plataforma de monitoramento do CME Group.
Pouco antes do fechamento deste texto, a ferramenta exibia 34% de chance de a autoridade monetária reduzir a taxa básica em 25 pontos-base até dezembro, comparado com 31% na véspera. Ligeiramente atrás, a possibilidade de haver uma baixa acumulada de 50 pontos-base aparecia com 33,9%, frente aos 34,9% apontados ontem. O risco de nem haver corte no período, por sua vez, cresceu de 10,5% para 12,8%.
O mercado financeiro ainda espera majoritariamente um primeiro passo no ciclo de relaxamento em setembro, embora essa hipótese também tenha perdido força. Atualmente, a taxa dos Fed Funds está na faixa entre 5,25% e 5,50%.
O ambiente de maior prudência reflete os indícios de que a economia dos EUA permanece resiliente, o que tende a dificultar a volta da inflação à meta. Nesta manhã, o governo revelou que as encomendas de bens duráveis saltaram 2,6% em março ante fevereiro, mais que o esperado por analistas.