Depois de dois dias de queda, as taxas de juros negociadas no mercado futuro voltam a subir nesta segunda-feira, 6, na contramão da queda dos rendimentos dos Treasuries, mas em sintonia com a alta do dólar ante o real e as incertezas sobre os desdobramentos das enchentes no Rio Grande do Sul, com temores de impacto fiscal e na inflação, por perdas de safra.
De acordo com a economista-chefe da CM Capital Markets, Carla Argenta, a incerteza sobre os montantes que o governo federal terá de desembolsar para a ajuda emergencial ao Rio Grande do Sul é fator de preocupação hoje. "Não é um fator macroeconômico, mas um acontecimento atípico, que não irá se prolongar. Mas é uma preocupação que se sobrepõe a um noticiário essencialmente positivo", afirma.
Entre os destaques do noticiário está o resultado do setor público consolidado, que registrou superávit primário de R$ 1,177 bilhão em março, dado que veio bem acima da mediana das estimativas do Projeções Broadcast, que apontava para um déficit de R$ 1,7 bilhão.
Às 11h11, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 tinha taxa de 10,200%, ante 10,146% do ajuste de sexta-feira.
O DI para janeiro de 2026 projetava 10,42%, ante 10,32%. O vencimento de janeiro de 2027 estava em 10,71%, contra 10,62%. E a taxa do DI para janeiro de 2029 era de 10,17%, de 10,14%.