Estadão

Moedas globais: dólar oscila ante divisas principais, com sinais do Fed e dados em foco

O dólar oscilou perto da estabilidade ante outras moedas principais em boa parte do dia. O euro chegou a ficar mais apoiado, após sinal da economia da zona do euro, mas não sustentou ganho, enquanto os negócios também eram afetados pelo feriado com mercados fechados no Reino Unido. Nos Estados Unidos, declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) eram foco importante, enquanto o iene japonês voltou a cair, depois de aparentes intervenções do governo de Tóquio para segurar a moeda na semana passada.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 153,93 ienes, o euro subia a US$ 1,0770 e a libra, a US$ 1,2561. O índice DXY do dólar registrou alta de 0,02%, a 105,051 pontos.

Logo cedo, o dólar já operava sem direção única ante outras divisas principais, com o feriado no Reino Unido influindo para o quadro. O euro chegou a estar apoiado, após o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da zona do euro avançar de 51,5 em março a 53,3 em abril, na máxima em 11 meses, segundo pesquisa da S&P Global e do Hamburg Commercial Bank. Analistas ouvidos pela <i>FactSet</i> previam 52,9, que era a preliminar. O PMI composto subiu de 50,3 a 51,7, no mesmo período, também no maior nível em 11 meses.

Entre dirigentes do Fed, John Williams, presidente da distrital de Nova York, afirmou que os cortes nos juros devem se concretizar, mas avaliou que a posição atual do BC é boa para esperar por mais dados. Em linha similar, Tom Barkin disse que o mercado de trabalho forte dá ao Fed tempo para ter maior confiança no rumo da inflação à meta de 2%, antes de optar por reduzir suas taxas. Já pesquisa publicada pelo Fed mostrou que bancos em geral ainda apertavam padrões para empréstimos a empresas em geral, no primeiro trimestre, em quadro também de menor demanda por esses empréstimos.

Em relatório, o Barclays comentava não esperar que um recuo recente do dólar se sustente. Na avaliação do banco, a divergência entre políticas monetárias não está de todo precificada e o Fed deve lançar algumas comunicações "relativamente mais hawkish", o que tende a apoiar a divisa americana.

Já o Swissquote comentava, ao falar do iene, que o quadro de hoje sugeria que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) de fato interveio na semana passada no câmbio. Para esse banco, agora os investidores sabem que a linha que eles não querem ver cruzada é o dólar a 160 ienes.

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