As taxas de juros negociadas no mercado futuro operam em baixa na manhã desta terça-feira, 7, devolvendo parte da alta generalizada registrada ontem e em sintonia com o dólar e os juros dos Treasuries esta manhã. Os negócios ocorrem sob a forte expectativa da decisão de política monetária do Banco Central, na quarta-feira, 8, e em um ambiente de incertezas com o quadro fiscal e inflacionário.
Os desdobramentos econômicos da enchente no Rio Grande do Sul seguem como novas dúvidas, gerando alterações nas projeções de analistas.
"Avalio que o governo foi prudente em não ter anunciado um orçamento de guerra e/ou uma liberação de crédito extraordinário que refletiria na desconfiança do montante de furos de flexibilização e o impacto na meta do resultado primário. Ao colocar essas despesas direcionadas para o Sul e excluídas da meta com respaldo do Legislativo e Judiciário, através de decreto, elimina por enquanto os ruídos fiscais potenciais", disse o estrategista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho.
"De qualquer forma, o impacto das enchentes no Sul vai repercutir em alta na inflação agrícola e maior demanda fiscal, que corroboram uma desaceleração da queda da Selic do Copom para 25 pontos-base, para 10,5%", afirma o profissional.
Às 11h, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 tinha taxa de 10,205%, ante 10,217% do ajuste de ontem.
O DI para janeiro de 2026 projetava 10,41%, de 10,43%. E a taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 10,72%, contra 10,74%.