O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou que o governo está preparando os instrumentos formais necessários para atender o Rio Grande do Sul, assolado por chuvas e inundações, e garantir que os recursos para o Estado sejam bem utilizados.
"Não estamos esperando baixarem as águas. Estamos tomando todas as providências para estarmos preparados para enfrentar o problema assim que a realidade do Rio Grande do Sul permita. Sem esse trabalho prévio, as coisas não vão acontecer na ponta", disse nesta quinta-feira, 9.
O ministro esclareceu que a antecipação do pagamento da restituição do Imposto de Renda vale para todos os gaúchos, independentemente de estarem nas cidades inundadas ou não, e que os pagamentos podem começar em 30 de maio – isso também depende da entrega das declarações.
Questionado sobre a criação de um tipo de auxílio emergencial para os gaúchos, Haddad disse que o tema está sendo discutido e uma decisão sobre essa questão será anunciada na próxima semana.
<b>Medidas de atendimento</b>
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que as equipes do governo estão trabalhando nas ações para atendimento às pessoas afetadas pelas chuvas e inundações no Rio Grande do Sul. Segundo o ministro, o anúncio das medidas será realizado na próxima semana. "Como temos juízo, não vamos antecipar a decisão do presidente. Só na terça-feira ele anuncia", disse.
Em relação à estimativa do governo gaúcho de que serão necessários R$ 19 bilhões para reconstruir o Estado, Costa disse que todos os ministérios já estão levantando os valores que poderão ser direcionados para o Rio Grande do Sul.
"Só queremos fazer a estimativa de valores para reconstrução depois de termos as primeiras manifestações dos municípios do Estado. É preciso identificar quantas escolas, creches, hospitais foram perdidos, ou se o hospital ficou de pé e perdeu equipamentos e mobiliários. Não precisa de projeto nessa fase, só identificar o dano. Isso faz uma diferença grande de valores", disse.