As forças israelenses seguem avançando na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, neste domingo, 12, ao mesmo tempo em que lutam contra o Hamas em partes do norte, onde o grupo extremista se reagrupou nas últimas semanas. Cerca de 300 mil pessoas já fugiram de Rafah após ordens de evacuação de Israel, que afirma que o país deve invadir a região para desmantelar o Hamas e devolver dezenas de reféns feitos nos ataques de 7 de outubro.
Os alertas da comunidade internacional contra a ofensiva, contudo, continuam sendo feitos.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reiterou a oposição a um grande ataque militar a Rafah, dizendo à CBS que Israel "ficaria com as mãos numa insurgência duradoura" sem uma saída de Gaza e um plano de governo pós-guerra.
A expansão da operação em Rafah também tem oposição do vizinho Egito, cujo ministério dos Negócios Estrangeiros disse que pretende juntar-se formalmente à ação da África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça, que alega que Israel comete genocídio em Gaza.
"Uma ofensiva em grande escala contra Rafah não pode ocorrer", disse o chefe dos Direitos Humanos das Nações Unidas, Volker Turk.
<b>Bombardeio no Norte</b>
Os palestinos relataram fortes bombardeios israelenses durante a última noite no campo de refugiados urbano de Jabaliya e em outras áreas no norte de Gaza.
Moradores disseram que aviões de guerra e artilharia israelenses atacaram a área de Zeitoun, a leste da Cidade de Gaza, onde as tropas de Israel lutam contra militantes há mais de uma semana.
"Foi uma noite muito difícil", disse Abdel-Kareem Radwan, um homem de 48 anos de Jabaliya.
Ele disse que foi possível ouvir bombardeios intensos e constantes desde o meio-dia de sábado.
Os socorristas da Defesa Civil Palestina disseram que não conseguiram responder aos vários pedidos de ajuda de ambas as áreas, bem como de Rafah. Fonte: <i>Associated Press</i>.