A população que mora na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) viu o custo de vida aumentar em 0,97% no primeiro trimestre deste ano, conforme dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) divulgados nesta segunda-feira, 13.
O mês de março manteve estabilidade em 0,01% após um avanço de 0,71% registrado no período anterior. Nos últimos 12 meses, o indicador Custo de Vida por Classe Social (CVCS), formado pelo Índice de Preços de Serviços (IPS) e pelo Índice de Preços do Varejo (IPV), acumula alta de 3,09%.
Os setores com resultados mais expressivos para o indicador em março foram transportes, saúde e cuidados pessoais e alimentos e bebidas. As áreas da saúde e cuidados pessoais foram as responsáveis pela maior alta no mês, de 0,55%, em meio aos reajustes nos planos de saúde e serviços médicos. Alimentos e bebidas sofreram uma elevação de 0,10% no período, avanço contido pela queda de 1% no preço do óleo diesel.
Por outro lado, o setor de transportes registrou deflação de 0,28% com a diminuição nos preços das passagens aéreas e bilhetes de ônibus interestaduais, sendo assim o maior responsável pelo resultado estável do mês que fechou o trimestre. As áreas relacionadas a comunicação, vestuário, despesas pessoais, artigos do lar e habitação também apresentaram quedas, embora estas tenham sido pouco expressivas para o indicador.
O assessor econômico da FecomercioSP, Guilherme Dietze, afirmou que os resultados de março foram um alívio para as famílias que moram na Grande São Paulo, já que "tiram o temor de uma sequência mais longa de pressão sobre os preços, principalmente de alimentos".