Estadão

Ouro fecha em alta, apoiado por dólar fraco e recuo dos juros dos Treasuries

O ouro fechou com ganho na sessão desta terça-feira, 14, mais atrativo em dia de dólar enfraquecido no exterior e de recuo nos juros dos Treasuries. O quadro se formou em dia de publicação de leitura de inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA e de declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que colocaram a política monetária americana em foco.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em alta de 0,72%, a US$ 2.359,90 a onça-troy.

O índice cheio do PPI veio mais forte que o esperado na comparação mensal e mais fraco que o previsto na anual. A divulgação chegou a dar apoio aos rendimentos dos Treasuries e ao dólar, mas o movimento inverteu sinal à medida que o dado e seus componentes eram digeridos.

O próprio presidente do Fed, Jerome Powell, falou que não chamaria o conjunto de dados do PPI como fortes, mas sim "mistos". Além de comentar o indicador, Powell reiterou sua paciência para ver os efeitos do aperto monetário na inflação, mas considerou improvável uma nova alta de juros.

O metal vem de um forte rali nas últimas semanas, apoiado pela demanda chinesa e compras por BCs, como lembra o Julius Baer em relatório. Mas o banco suíço disse que não vê necessariamente a commodity subindo muito mais. "Como lidar com o ouro daqui para frente? De uma perspectiva puramente de preço, ainda vemos mais desvantagens do que vantagens no médio e longo prazo. No entanto, do ponto de vista do portfólio, o ouro continua sendo uma proteção contra riscos econômicos e sistêmicos nos mercados financeiros", disse.

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