O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, confirmou nesta quarta-feira, 22, que convocou eleições gerais para o próximo 4 de julho, em um pleito que deve testar o desgaste político do Partido Conservador após 14 anos no poder.
"Hoje mais cedo, eu conversei com o Rei Charles III para pedir a dissolução do Parlamento. O rei acatou esse pedido e teremos uma eleição geral em 4 de julho", afirmou, em discurso à frente de Downing Street, 10, a sede do governo britânico.
No pronunciamento, Sunak lembrou que a campanha acontecerá em um momento de incertezas, que exige um plano mais claro das autoridades.
O premiê aproveitou a ocasião para destacar o que considera os pontos positivos da sua gestão, entre eles o crescimento da economia em ritmo mais rápido que pares e a volta da inflação ao normal, de acordo com ele. Mais cedo, a agência de estatísticas revelou que o índice de preços ao consumidor desacelerou à taxa anual de 2,3% em abril.
Sunak também fez duras críticas a oposição e assegurou que fará tudo o que for possível para proteger a segurança da população – uma alusão ao plano para reduzir a imigração ilegal no país insular. "Estou preparado para tomar ações ousadas de que o país precisa", disse.
Segundo a BBC, a data da eleição surpreendeu parlamentares conservadores. Atualmente, o Partido Trabalhista, liderado por Keir Starmer, aparece com 21 pontos porcentuais de vantagem sobre a legenda de Sunak, conforme agregado de pesquisas de intenção de voto do <i>Politico</i>. No começo deste mês, os oposicionistas tiveram vitória acachapante nas eleições para cargos locais.
Os conservadores governam o Reino Unido desde 2010, quando David Cameron se tornou primeiro-ministro. Cameron renunciou ao posto seis anos depois, no dia seguinte ao referendo que definiu a saída do país da União Europeia, no processo conhecido como Brexit. Desde então, os britânicos se viram com quatro líderes diferentes, incluindo um mandato pouco mais de 40 dias de Liz Truss.