Estadão

Exportação de bens da América Latina volta a crescer no 1º tri, após ano de contração, diz BID

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) afirma que o valor das exportações de bens da América Latina cresceu 1,3% no primeiro trimestre de 2024, na comparação com igual período do ano passado. Em seu mais recente relatório Estimativas de Tendência de Comércio da América Latina e do Caribe, o BID diz também que o valor das exportações da região recuou 1,3% em 2023.

Na avaliação do organismo internacional, a perspectiva para a região nessa frente "tem melhorado de modo significativo", com um balanço de riscos para o desempenho do comércio latino-americano "aparentemente em geral neutro", embora a previsão aponte para crescimento moderado e "um alto grau de incerteza", nas palavras de Paolo Giordano, economista principal do Setor de Integração e Comércio do BID, que coordenou o relatório.

O BID ainda aponta que a evolução do desempenho nas exportações variou, subdividindo-se a região. As vendas da América do Sul entraram em território positivo, apesar da queda nos preços de commodities.

Já as do México desaceleraram e a expansão foi puxada apenas pelos preços, enquanto os embarques da América do Sul aceleraram tendência de baixa vista em 2023.

Ainda segundo o estudo, os preços das principais commodities exportadas pela América Latina se mostram mais voláteis e com trajetórias divergentes. Na comparação anual para o primeiro trimestre, o café subiu 36,9% e o açúcar, 8,5%, com alta de 1,9% no minério de ferro e de 1,0% no petróleo. Já a soja recuou 20,9% e o cobre caiu 5,2%, destaca.

O relatório ainda considera que os preços, embora estejam historicamente altos, apresentam uma tendência geral de baixa que deve continuar nos próximos trimestres, embora menos intensamente que em 2023.

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