Estadão

Decisão de Macron de antecipar eleições pode levar extrema direita ao poder na França

O presidente da França, Emmanuel Macron, convocou eleições legislativas de maneira extraordinária após o seu partido sofrer uma derrota para o Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen, de extrema direita, no Parlamento Europeu. A decisão, no entanto, pode ser arriscada, porque pode levar a extrema direita ao poder no país pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.

Liderado por Jordan Bardella, o RN deve conquistar 30 dos 81 assentos franceses no Parlamento Europeu. O partido Renascença, de Macron, deve ter menos de 15% dos representantes.

O partido de Le Pen, que tem uma agenda anti-imigração, está bem estabelecido, e ainda há dúvidas sobre as estratégias que podem ser usadas de como a esquerda francesa pode ajudar o presidente em exercício.

Caso outro partido ou coalizão obtenha a maioria dos assentos na eleição geral, Macron será forçado a nomear um primeiro-ministro que pertença ao partido da maioria. O presidente, que tem mais três anos à frente do cargo, precisará encontrar uma forma de dialogar com o primeiro-ministro, que teria forte oposição à maioria de suas políticas propostas.

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