Estadão

Banco Mundial projeta crescimento global de 2,6% em 2024 e de 2,7% em 2025

O crescimento econômico global vai acelerar levemente entre 2024 e 2025, avaliou o Banco Mundial no relatório Perspectivas Econômicas Globais, divulgado nesta terça-feira, 11. O documento aponta uma revisão para cima na projeção de crescimento mundial para 2024 na comparação com a edição divulgada em janeiro deste ano, passando de 2,4% para 2,6%. Para 2025, entretanto, não houve alteração, ficando em 2,7%, mesmo porcentual de crescimento projetado para 2026.

"Apesar dos elevados custos de financiamento e do aumento de tensões geopolíticas, a atividade global firmou-se no início de 2024. Prevê-se que o crescimento global atinja um ritmo ligeiramente mais rápido este ano do que anteriormente esperado, devido principalmente à continuação sólida da expansão da economia dos EUA", diz o texto.

No entanto, a instituição ressalta o impacto dos juros sobre a expansão econômica, pontuando que os cortes esperados sofreram uma moderação em meio a pressões inflacionárias persistentes nas principais economias. "Pelos padrões históricos, as perspectivas globais permanecem moderadas: tanto os países com economias avançadas quanto mercados emergentes e em desenvolvimento deverão crescer a um ritmo mais lento entre 2024-26 do que na década anterior à pandemia", escreveu o Banco Mundial.

Estima-se que as economias em desenvolvimento cresçam 4%, em média, entre 2024 e 2025, um pouco mais devagar do que em 2023. Já entre economias de baixo rendimento, espera-se que o crescimento acelere para 5% em 2024, contra 3,8% em 2023. Nas economias avançadas, o crescimento deverá permanecer em 1,5% em 2024, antes de subir para 1,7% em 2025, afirma o Banco Mundial.

"Quatro anos após as convulsões causadas pela pandemia, pelos conflitos, pela inflação e pelo aperto monetário, parece que o crescimento econômico global está estabilizando", disse Indermit Gill, economista-chefe e vice-presidente sênior do Banco Mundial. "No entanto, o crescimento está em níveis mais baixos do que antes de 2020. As perspectivas para as economias mais pobres do mundo são ainda mais preocupantes. Enfrentam níveis punitivos de serviço da dívida, possibilidades restritivas de comércio e eventos climáticos custosos", concluiu Gill.

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