O dólar opera em baixa ante o real, alinhado ao sinal negativo predominante no exterior em relação a outras divisas emergentes em meio ao apetite por ativos de risco, com investidores focados no alívio das medidas de isolamento para conter a covid-19 nos Estados Unidos e em países europeus.
No mercado doméstico, pesa também a queda de 9,1% da produção industrial brasileira em março ante fevereiro. A atividade industrial também recuou 3,8% em relação a março de 2019, vindo pior também que a mediana de -3,34% das projeções (intervalo de -10,20% a -1,80%). O dado apoia as apostas em corte de, pelo menos, 0,50 ponto da Selic, na reunião do Copom, que começa hoje e termina amanhã.
Mais cedo, já foi informado que o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) caiu 0,30% em abril, revertendo alta de 0,10% em março. O resultado de abril, o menor para o mês desde o início do Plano Real, ficou abaixo do piso das estimativas do Projeções Broadcast (-0,20% a -0,11%, com mediana de -0,16%.
O mercado monitora ainda o cenário político. O presidente Jair Bolsonaro disse mais cedo que o "auxílio emergencial dura mais 2 meses e, se a economia não voltar, teremos problemas".
Ele afirmou ainda que "é mentira dizer que os meus filhos querem trocar o comando da Polícia Federal".
Segundo ele, "não tem nenhum parente meu investigado pela PF" e enfatizou que "não interfere em nada (na PF)".
No radar está a troca de comando da superintendência da Polícia Federal no Rio de janeiro, que toca as investigações sobre a "rachadinha" na Assembleia Legislativa do Rio e as acusações de envolvimento do ex-assessor Fabrício Queiroz, que trabalhava no gabinete do ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro, que hoje é senador e é filho do presidente.
Às 9h25, o dólar à vista caía 0,22%, a R$ 5,5109. O dólar para junho recuava 0,62%, a R$ 5,520.