O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que o próximo Relatório Trimestral de Inflação (RTI) trará um estudo sobre o hiato de câmbio. O documento será divulgado nesta quinta-feira, 27.
"Vocês vão gostar bastante, elogiei privadamente a equipe do Diogo Guillen, diretor de Política Econômica e o próprio Diogo", disse Galípolo, em um webinar da Warren Investimentos.
Indagado sobre o impacto do <i>carry trade</i> na taxa de câmbio, Galípolo se limitou a repetir que esse fator não tem relação mecânica com a política monetária.
"Nós não temos uma meta de diferencial de juros, não temos uma meta de câmbio", afirmou o diretor. "Eu acho que é muito cedo para a gente fazer qualquer tipo de sinalização e reafirmo a ausência de qualquer tipo de relação mecânica, seja da taxa de juros internacional ou da taxa de câmbio, com a nossa taxa de juros."
Ele reconheceu, no entanto, que juros mais altos por mais tempo nos Estados Unidos, somados a um esforço do Tesouro norte-americano para rolar a dívida e à atração de investimentos pelas bolsas americanas, costuma ser mais adverso para países emergentes.