O País registrou uma taxa de informalidade de 38,6% no mercado de trabalho no trimestre até maio de 2024. Havia 39,133 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em um trimestre, 314 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. O total de vagas no mercado de trabalho como um todo no período cresceu em 1,081 milhão de postos de trabalho. Ou seja, o avanço no emprego foi majoritariamente impulsionado pela geração de postos de trabalho formais, confirmou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
"A expansão da população ocupada como um todo teve sim uma participação do ramo informal, mas ela foi fundamentalmente impulsionada pelo ramo formal da ocupação", disse Beringuy. "Não significa que a informalidade esteja caindo. Ela está crescendo menos que a parte formal da ocupação. Ela se mantém como um ramo muito importante da população ocupada."
Em um trimestre, na informalidade, houve elevação de 383 mil empregos sem carteira assinada no setor privado, de 43 mil empregadores sem CNPJ e de 72 mil pessoas no trabalho por conta própria sem CNPJ.
Porém, o mercado registrou enxugamento de 100 mil trabalhadores domésticos sem carteira assinada e de 84 mil pessoas atuando no trabalho familiar auxiliar.
A população ocupada atuando na informalidade cresceu 0,8% em um trimestre. Em relação a um ano antes, o contingente de trabalhadores informais aumentou em 813 mil pessoas, alta de 2,1%.