O homem que morreu no tiroteio que aconteceu no comício de Donald Trump neste sábado, em Butler, na Pensilvânia, chamava-se Corey Comperatore, tinha 50 anos e era ex-chefe dos bombeiros voluntários em Buffalo Township. Segundo apurou a Reuters, Corey foi atingido quando tentava proteger a mulher e a filha dos tiros. A família estaria sentada atrás de Donald Trump no momento do ataque.
“O comício de Trump na Pensilvânia custou a vida do meu irmão, Corey Comperatore. O ódio por um homem tirou a vida do homem que mais amamos”, escreveu a irmã da vítima mortal numa publicação no Facebook.
“Ele morreu como um super-herói na vida real”
A filha de Corey Comperatore também se manifestou nas redes sociais.
“Ele morreu como um super-herói na vida real”, recordando a rapidez com que se atirou sobre elas para as proteger. “Ele protegeu o meu corpo da bala que vinha na nossa direção. Amava a sua família. Amava-nos tanto que levou um tiro por nós”, lamentou.
A esposa do ex-chefe dos bombeiros voluntários, Helen, recorreu, igualmente, às redes sociais.
“Ontem, o que [era para ser] um dia tão emocionante para meu marido transformou-se num pesadelo para nossa família”, escreveu no Facebook.
E acrescentou:
“O que minhas preciosas meninas tiveram que testemunhar é imperdoável”.
Vários tiros foram disparados durante o comício de Trump. O antigo presidente foi atingido na orelha. Duas pessoas ficaram feridas com gravidade e outras duas morreram, uma das quais o suspeito, um jovem de 20 anos.
De acordo com a agência Reuters, que cita os registados eleitorais estatais, Crooks, que vivia em Bethel Park, na Pensilvânia, estava registado como Republicano e as eleições de novembro seriam as primeiras em que podia votar.
Apesar de estar registado como eleitor republicano, quando tinha 17 anos, terá doado 15 dólares (quase 14 euros) ao Projeto Progressive Turnout, através de uma plataforma de angariação de financiamento de apoio ao Partido Democrata.
O suspeito não teria cadastro.