Estadão

Moedas: dólar cai ante rivais com possível intervenção no iene, mas sobe ante emergentes

O dólar se enfraqueceu ante as principais moedas, após dados considerados resilientes da inflação na Europa e anúncios de medidas pelo governo trabalhista no Reino Unido, o que impulsionou a libra. Indícios de nova intervenção no câmbio pelo governo do Japão derem suporte a uma alta do iene. Por outro lado, a moeda americana avançou ante os principais pares emergentes, diante dos sinais sobre a agenda que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump pretende implementar em um eventual segundo mandato.

O índice DXY, que mede a moeda americana ante seis rivais fortes, fechou em queda de 0,50%, a 103,748 pontos.

A moeda americana despencou ante o iene, que era cotado a 156,23 por dólar, em mais um dia marcado por especulações de que o Banco do Japão (BoJ) teria promovido nova interferência em favor da divisa japonesa. Dados recentes indicam que autoridades japonesas intervieram de forma agressiva no mercado cambial na quinta e sexta-feira (11 e 12), gastando mais de 5 trilhões de ienes nos dois dias.

Ao mesmo tempo, investidores seguem convictos de que o ciclo de relaxamento monetário nos Estados Unidos começará em setembro, mesmo após dados acima do esperado da produção industrial americana.

A perspectiva de diferencial de juros enfraqueceu o dólar ante moedas europeias, após leituras do CPI da zona do euro e do Reino Unido apontarem persistência do núcleo da inflação. Os dados europeus contrastaram principalmente com comentários dos dirigentes do Fed Christopher Waller e John Williams, que demonstraram maior confiança em atingir a meta da inflação em 2% e reconheceram que cortes de juros nos EUA "estão próximos.

O euro se apreciou para US$ 1,0939. Na véspera de decisão do Banco Central Europeu (BCE), dados indicaram que a inflação ao consumidor (CPI) na zona do euro desacelerou à taxa anual de 2,5% em junho.

A libra esterlina atingiu o maior nível em um ano ante o dólar pela manhã em meio aos dados de inflação. Outro suporte veio do anúncio de medidas para alavancar a economia. O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, apresentou seu plano de governo, prometendo crescimento econômico, investimento em infraestrutura e preços mais baixos de energia, além da aproximação com a União Europeia. A libra era cotada a US$ 1,3010.

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