Estadão

Dez morrem em ataque com foguete a campo de futebol nas colinas de Golan, ocupadas por Israel

Pelo menos dez pessoas morreram e 34 ficaram feridas, neste sábado, 27, em um ataque de foguete contra uma cidade nas Colinas de Golan, que atualmente são controladas por Israel. Militares israelenses acusaram o Hezbollah de ter lançado o ataque, embora o grupo libanês rapidamente tenha negado qualquer participação.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram que um foguete caiu na área de Majdal Shams, em um campo de futebol. Eli Bin, chefe da Magen David Adom, um serviço de resgate equivalente à Cruz Vermelha, disse que as pessoas atingidas tinham entre 10 e 20 anos de idade e que 17 dos 34 feridos estavam em estado crítico, incluindo 10 menores de idade.

O ataque ao campo de futebol ocorreu horas depois de Israel ter lançado um ataque contra o sul do Líbano que matou três membros do Hezbollah. Os militares israelenses disseram em um comunicado que, de acordo com seu serviço de inteligência, "o lançamento de foguetes em direção a Majdal Shams foi realizado pela organização terrorista Hezbollah".

O grupo libanês, por sua vez, disse que atacou uma base militar nas Colinas de Golã em retaliação ao ataque israelense mais cedo, mas o porta-voz-chefe do Hezbollah, Mohammed Afif, disse à Associated Press que o grupo "nega categoricamente a realização de um ataque a Majdal Shams". Se confirmado o envolvimento do Hezbollah, esse seria o ataque mais mortal contra um alvo israelense desde o início dos combates entre Israel e Hezbollah desde outubro.

O primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu, que esteve nos Estados Unidos na última semana para um discurso no Congresso americano e para reuniões com Joe Biden, Kamala Harris e Donald Trump, estava retornando para Israel "o mais rápido possível", disse seu gabinete.

A emissora pública israelense Kan exibiu imagens de algumas vítimas sendo levados às pressas para ambulâncias em macas de um campo de futebol em Majdal Shams. "Eram crianças em um campo de futebol", disse Beni Ben Muvchar, chefe do conselho local, ao Canal 12 de Israel. "Hoje, uma linha vermelha foi ultrapassada", disse ele, pedindo aos líderes israelenses que comecem a atacar os principais comandantes do Hezbollah.

Desde o início de outubro, os ataques aéreos israelenses no Líbano mataram mais de 450 pessoas, principalmente membros do Hezbollah, mas também cerca de 90 civis e não-combatentes. Do lado israelense, 21 soldados e 13 civis foram mortos antes.

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