Estadão

Campos Neto recebe Medalha da Inconfidência do governador de Minas, Romeu Zema

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, recebeu nesta segunda-feira, 29, a Medalha da Inconfidência das mãos do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Eles se encontraram na sede da autoridade monetária na Avenida Paulista, em São Paulo, e posaram para fotos durante a entrega da honraria.

"A medalha da Inconfidência reconhece o trabalho de grandes homens do Brasil. E o trabalho do Roberto Campos Netos tem sido fundamental na proteção da nossa moeda – e quem ganha com isso são todos brasileiros que não contam com uma inflação descontrolada como ocorre em outros países", disse Zema, segundo a <i>Agência Minas</i>, do governo estadual.

É a segunda vez este ano que Campos Neto troca afagos com um dos governadores da oposição e possíveis adversários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma eventual campanha de reeleição em 2026. Em junho, o presidente do BC participou de um jantar organizado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), depois de ter recebido o "Colar de Honra ao Mérito Legislativo" em cerimônia na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Lula tem criticado o que percebe como um "lado político" aberto do presidente do BC. O petista disse que Tarcísio, tido como mais provável nome do bolsonarismo para 2026, "está achando maravilhosa" a taxa Selic de 10,5% e tem mais influência sobre Campos Neto do que ele próprio.

As críticas ao envolvimento do presidente do BC com a oposição ao governo Lula começaram já no início do mandato do petista. Campos Neto foi repetidamente criticado por ter usado a camisa da seleção brasileira ao ir votar nas eleições de 2022, revelando uma preferência no resultado. No fim do ano passado, o banqueiro central disse que "pensando, não teria feito isso."

Depois, já em 2023, uma foto tirada pelo jornal <i>Folha de S.Paulo</i> da tela de celular do senador Ciro Nogueira, que foi ministro da Casa Civil do ex-presidente Jair Bolsonaro, mostrou que Campos Neto ainda era integrante de um grupo de WhatsApp chamado "Ministros Bolsonaro."

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