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Vice-presidente do PT figura entre deputados com mais faltas na Câmara

Vice-presidente do PT, o deputado Washington Quaquá (RJ) é o segundo parlamentar com mais ausências não justificadas na Câmara no primeiro semestre deste ano. O primeiro é o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), preso desde março, depois de ser apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) em 2018.

Ao <b>Estadão</b>, Quaquá disse que as suas ausências ocorreram por causa de agendas internacionais e projetos no município fluminense de Maricá, na região metropolitana do Rio, onde ele é candidato a prefeito. O deputado afirmou estar focado em vencer as eleições municipais de outubro.

"Minha paciência com Brasília já está esgotada e, em janeiro, se o povo de Maricá quiser, voltarei a ser prefeito de Maricá", declarou Quaquá, que foi prefeito da cidade fluminense entre 2009 e 2016. Ao todo, ele teve dez ausências não justificadas na Câmara.

Já Chiquinho Brazão teve 33 ausências. As datas correspondem a sessões onde os deputados discutem e votam projetos de lei. Faltar e não justificar a razão à Mesa Diretora acarreta desconto no salário.

Todas as 33 ausências de Brazão coincidem com o período da prisão preventiva determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Mesmo com a ciência da Câmara sobre a detenção do deputado, a condição não está configurada como justificativa para faltas.

<b>Descontos</b>

Caso a ausência não se enquadre nas justificativas previstas no regimento, é descontado um valor do salário bruto do deputado por dia de falta. Hoje, um parlamentar recebe R$ 44 mil. No caso de Brazão, em junho, foram descontados R$ 27.505,32 por ausências. Outros R$ 8.553,35 foram abatidos de Imposto de Renda e contribuição previdenciária. No fim, a remuneração líquida foi de R$ 7.949,85. Em fevereiro, Brazão, que enfrenta processo no Conselho de Ética que pode levá-lo à cassação, recebeu R$ 28.713,79 líquidos.

A assessoria do parlamentar não se manifestou.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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