O ouro fechou em alta nesta quinta-feira, 1º de agosto, diante do aumento na demanda por segurança em meio aos conflitos geopolíticos no Oriente Médio e preocupações com o crescimento econômico global. Ainda, a consolidação das expectativas por cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a partir de setembro contribui para a atratividade do metal.
Nesta quinta, o ouro para dezembro fechou em alta de 0,31%, em US$ 2.480,80 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Contudo, o metal chegou a avançar mais de 1% durante a sessão, renovando maior nível histórico a US$ 2.506,60 a onça-troy.
Como previsto pelo Rabobank, em relatório, o "primeiro estágio" da reação do mercado ao aumento de tensões geopolíticas se refletiu por meio da aversão a risco, elevando os preços do ouro.
Além disso, o analista de Mercados da XS.com, Samer Hasn, nota que a alta do metal precioso segue uma contração maior que a esperada na atividade industrial dos EUA e aumento acentuado dos pedidos de auxílio-desemprego para o maior nível em um ano, sinalizando enfraquecimento da economia.
A rodada de dados macroeconômicos fracos dos EUA e as perspectivas de cortes de juros pelo Fed pesaram sobre a curva de juros dos Treasuries, em paralelo ao bom desempenho do ouro, avaliaram analistas da SP Angel, em nota.
Analistas da MUFG lembram ainda que o metal precioso foi uma das únicas commodities a avançar no mês de julho, justamente graças a demanda por ativos seguros, que renovou fluxos de entrada em ETFs de ouro. Em julho, o ouro teve ganho de 5,73%.