Uma pesquisa realizada pela Amcham com 373 empresários de 15 cidades brasileiras revelou que 47% dos entrevistados acham que o alinhamento e a coordenação entre as três esferas do poder público – União, Estados e municípios -, além do setor empresarial e da sociedade, é o mais importante para o Brasil superar a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Para outros 41%, é necessário que se execute com rapidez as medidas já tomadas nas áreas tributária, trabalhista e de acesso a crédito. Além disso, 12% consideram fundamental o aumento de gastos por parte do poder público para abreviar a duração e reduzir a proporção da atual crise de saúde e dos seus desdobramentos sociais e econômicos.
Os empresários ainda relataram que as medidas restritivas adotadas por governos estaduais e municipais têm afetado, principalmente, as vendas, demandas e faturamento das empresas (71%). O impacto na rotina dos funcionários (transporte, disponibilidade, etc.) foi citado por 54%, a suspensão total ou parcial de novos investimentos foi uma consequência importante para 47% e o aumento da inadimplência de clientes foi sentido por 46% dos entrevistados.
Por fim, os empresários avaliaram o cenário futuro com os impactos da pandemia sobre as empresas: 32% esperam uma queda de 10% a 30% no faturamento, enquanto 17% dos entrevistados esperam queda entre 30% e 50%. Outros 21% não conseguiram definir qual será o efeito da crise para os negócios, e apenas 6% espera aumento do faturamento em meio à pandemia.
O estudo foi realizado entre os dias 8 e 20 de abril com as empresas associadas à Amcham Brasil através de formulário online. O grupo dos que responderam à pesquisa é formado majoritariamente por diretores (44%), seguido por sócios (24%), CEOs (12%), presidentes (6%), vice-presidentes (5%), superintendentes (5%) e fundadores (3%).
A maioria é das empresas é do setor de serviços (57%) e indústrias (28%), enquanto 4% representam varejo e 3%, o agronegócio. Em termos de porte, 31% faturam até R$ 19 milhões ao ano, 46% até R$ 1 bilhão e 23% têm o faturamento anual superior a R$ 1 bilhão. A margem de erro é de 5%, com índice de 95% de confiança.