O ex-vereador Wagner de Freitas foi condenado a um ano e quatro meses de detenção e pagamento de 20 dias-multa por caluniar e injuriar o prefeito de Guarulhos, Guti, durante o processo eleitoral de 2020. Ele publicou em redes sociais dizeres difamatórios contra o prefeito, bem como postou vídeo em que fazia acusações à vítima, imputando-lhe falsamente fato definido como crime, com o intuito de promoção política durante a campanha.
Em sua decisão, a juíza eleitoral Marcela Filus Coelho substitui a pena privativa de liberdade por duas restritivas de direito. Wagner Freitas poderá pagar 10 salários-mínimos à entidade pública ou privada com destinação social, além de prestar serviços à comunidade, que serão definidas e fiscalizadas em execução de sentença.
“Resta evidente que o réu cometeu dois dos crimes eleitorais a ele imputados, havendo materialidade e autoria diante dos vídeos e cópias de tela, bem como dos relatos colhidos em audiência”, aponta a juíza na sentença. “O menor indício de dúvida não autoriza uma pessoa a lançar comentários ofensivos contra outra, em especial quando se atribui prática de crimes. Para tal, existem órgãos de investigação e persecução, os quais devem ser provocados. A presunção de inocência não pode virar “letra morta” no nosso sistema. E é papel do Judiciário preservar essa garantia individual”, prossegue. A juíza concede o direito do réu de recorrer da sentença em liberdade.
A carreira política de Wagner Freitas segue em declínio. Foi eleito vereador em Guarulhos pela última vez em 2008 pelo PR, quando teve 5.158 votos. Depois concorreu à prefeito em 2012 pelo PP, mas somou 54.097 votos. Em 2016, pelo PTB obteve 12.114 para prefeito em eleição vencida por Guti. Em 2020, nova derrota. Desta vez, teve 6.797 votos para prefeito pelo PTB. Neste ano, concorrendo a vereador pelo PDT, Wagner Freitas conseguiu apenas 765 votos.