Os dois hospitais municipais veterinários entregues pelo ex-prefeito Guti no ano passado estão deixando de prestar serviços gratuitos aos animais da população de Guarulhos a partir desta quinta-feira, dia 10. A unidade do Centro passa a cobrar preços populares a partir de hoje, enquanto o do Pimentas irá suspender a gratuidade a partir do dia 27, conforme decisão do prefeito Lucas Sanches (PL). Com a decisão, a cidade ficará sem hospitais municipais veterinários gratuitos por tempo indeterminado.
Cartazes afixados pela Sociedade Paulista de Medicina Veterinária, organização que administrava os dois hospitais, informam que a partir desta quinta-feira, dia 10, o atendimento passará a ser realizado a preços populares, já que houve o rompimento “amigável” do contrato com a Prefeitura de Guarulhos. Na verdade, desde que Lucas assumiu a administração, os repasses para a instituição passaram a atrasar e não contemplar os valores contratados, atrapalhando o atendimento. Mesmo assim, dezenas de comentários nas redes sociais demonstram que o serviço era muito bem avaliado pela população e o encerramento se tornou motivo de muita crítica.
Somente diante da repercussão negativa, o prefeito Lucas Sanches decidiu gravar um vídeo nas redes sociais para divulgar que Guarulhos terá dois novos hospitais veterinários, que atenderá 24 horas por dia, sete dias por semana. No entanto, demonstrando que não há planejamento, se recusou a informar onde serão abertas as novas unidades, nem os locais. Questionado pelo GWeb e por outras mídias, a Comunicação da Prefeitura se calou sobre essas informações. Ou seja, não há nada de concreto sobre a continuidade do atendimento gratuito.
Segundo o GWeb apurou junto a especialistas em licitação, a contratação e abertura de um novo hospital veterinário deve levar no mínimo de 60 a 90 dias se houver celeridade na condução do processo. Mesmo assim, dificilmente a população terá condições de contar com o atendimento gratuito para animais antes de outubro ou novembro. Entidades ligadas à proteção de animais e cuidadores criticam a decisão, defendendo que o atendimento dos dois hospitais criados por Guti deveriam ser mantidos até a abertura dos novos.


