A operação da Polícia Civil em Guarulhos na manhã desta quinta-feira, cumprindo mandado de busca e apreensão em mais de 20 endereços de servidores públicos municipais, teve início em 2022 por iniciativa do governo do ex-prefeito Guti (PSD). A ação é parte de uma investigação que apura a suspeita de desvios que podem ultrapassar R$ 1,5 bilhão.
Em 20 de dezembro de 2022, por iniciativa do então prefeito Guti, o secretário da Fazenda Ibrahim El Kadi, que permanece no cargo até hoje, junto à Polícia Civil e Ministério Público Estadual deram início à apuração de desvios financeiros de mais de R$ 1,5 bilhão da Secretaria da Fazenda. As fraudes estariam ocorrendo há quase 20 anos.
Inicialmente, 12 funcionários, ligados ao setor de fiscalização da Secretaria da Fazenda, eram investigados por suspeita de participação nas irregularidades. Eles teriam deixado de recolher R$ 750 milhões em impostos de construtores da cidade nos últimos anos. Os suspeitos foram levados à delegacia e depois liberados.
Diante da situação, o governo de Guti também afastou preventivamente mais 25 funcionários da pasta. A investigação iria buscar saber quais empresas foram favorecidas pelas fraudes e quem da secretaria participava do esquema criminoso.
A gestão da Fazenda de Guarulhos, sob a gestão de Guti, realizou um levantamento que apontou divergências nos impostos arrecadados e transações da pasta no setor imobiliário nos últimos anos.
Segundo o secretário da fazenda da cidade, Ibrahim El Kadi, informou à época, 80 mil processos estavam parados por conta de problemas em suas contas e suspeitas de fraudes. “Os processos inexplicavelmente estão parados há 5, 10, 18 anos e tomamos algumas medidas pra tentar fazer esse fluxo voltar ao normal. Na soma total deles giram em torno de R$ 1 bilhão e 650 milhões”. disse Ibrahim.
Segundo informações apuradas pelo GWeb, com as ações iniciadas em 2022, a gestão do prefeito Guti conseguiu aumentar de R$ 590 milhões em 2024, com previsão de mais de R$ 600 milhões em 2025.


