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Será que agora Guarulhos vai deixar de amarelar?

O prefeito Lucas Sanches (PL) sofreu uma derrota na Justiça, ao ser proibido de continuar com a ideia de pintar Guarulhos de azul e amarelo. O decreto que obrigou a pintura dos ônibus foi o ponto de partida.  A ação do ex-prefeito Elói Pietá (Solidariedade) mirou em um alvo e acertou outros, já que a decisão do Tribunal de Justiça estendeu a proibição de amarelar Guarulhos também aos equipamentos públicos, praças e grades.

 

 

Outros alvos atingidos

Lixeiras novinhas, instaladas na gestão passada na cor laranja, foram substituídas por amarelas. Prédios de unidades municipais tiveram suas paredes e muros pintados, para dar à população a falsa sensação de que foram revitalizados.

Favas contadas

De tão amadora e primária que foi a ação de Lucas e sua trupe, não era difícil imaginar que a justiça seria feita.  Colorir uma cidade com as cores de seu partido, utilizadas na própria campanha eleitoral, é prática até comum em pequenas cidades do interior. Mas, via de regra, prefeitos que agem desta forma sempre acabam penalizados pela Justiça, quando ela é provocada. O grupo atualmente no poder menosprezou demais a força da oposição ao ignorar que seria acionado. Que perderia, eram favas contadas.

Será que a ficha caiu?

Desta forma, espera-se que a ficha do prefeito Lucas Sanches comece a a cair com sua primeira grande derrota política na Justiça. Passou da hora dele perceber que foi eleito para governar e não para ser um garoto-propaganda de uma gestão que até agora não disse para que veio, a não ser para entregar o que já estava praticamente pronto ou mesmo concluído. O festival de tintas acabou. Precisa virar a chave e iniciar o governo.

 

Efeito São Bernardo do Campo

A ação da Polícia Federal semana passada em São Bernardo do Campo pode servir de exemplo para mandatários de administrações públicas que acham estar acima do poder e da ordem. Quem poderia imaginar que um prefeito, com pouco mais de 7 meses de mandato, tido por boa parte da população como a grande esperança para a solução de seus problemas cotidianos, poderia ser afastado do cargo na noite para o dia? Provavelmente poucos arriscariam apostar num desfecho desses.

Não são os caras como imaginam

Muitos políticos, principalmente novos na função, acreditam que são superpoderosos e que nada irá lhes atingir. Apostam em relações políticas que – imaginam – lhes dar uma aura de proteção, a ponto de agirem como se nada, absolutamente nada, fosse lhes afetar. Desta forma, agem acima da lei. Bradam por aí que são os “caras”, que vão fazer e acontecer e nada vai lhes atingir. Há exemplos bem próximos da gente, inclusive.

Barca furada

A ação estapafúrdia do prefeito Lucas Sanches (PL) no Aeroporto de Guarulhos, há menos de 15 dias, quando invadiu os saguões prometendo que iria fazer e acontecer é um exemplo claro de que tudo tem limite. Apesar de quase ninguém falar isso, ele saiu de lá bem menor do que entrou. Percebeu que nada poderia fazer para cobrar uma dívida que não se confirmou da concessionária com a cidade. Acabou flagrando uma garrafa de água com prazo de validade vencido e mais nada.