Em uma edição especial que celebrou os 56 anos do Jornal Nacional, o jornalista William Bonner anunciou, nesta segunda-feira (1º), sua saída da bancada do principal telejornal do país. Após quase três décadas como apresentador e 26 anos como editor-chefe, Bonner deixará o cargo em novembro e seguirá para o Globo Repórter, onde dividirá a apresentação com Sandra Annenberg a partir de 2026.
A decisão, segundo o próprio Bonner, foi amadurecida ao longo de cinco anos e motivada por questões pessoais, como o desejo de dedicar mais tempo à família e a projetos fora da rotina intensa do jornalismo diário. “A conta não estava fechando”, disse o jornalista, emocionado, ao lado de Renata Vasconcellos, com quem dividiu a bancada nos últimos anos.
Nova formação no JN e mudanças na grade jornalística
Com a saída de Bonner, César Tralli, atualmente à frente do Jornal Hoje, assumirá a bancada do Jornal Nacional ao lado de Renata Vasconcellos. A mudança marca também a promoção de Cristiana Sousa Cruz, atual editora-chefe adjunta, ao posto de editora-chefe do JN.
A dança das cadeiras continua com Roberto Kovalick deixando o Hora Um para assumir o Jornal Hoje, enquanto Tiago Scheuer será o novo apresentador do Hora Um. Todas as mudanças entram em vigor a partir de novembro, com ajustes nos horários e nas cidades de atuação dos jornalistas envolvidos.
Fim de uma era e início de novos ciclos
A saída de Bonner encerra um ciclo histórico na televisão brasileira. Desde 1996, ele foi a face do Jornal Nacional, tornando-se o apresentador com maior tempo à frente do telejornal, superando até Cid Moreira. A Globo aposta agora em uma renovação planejada, mantendo o compromisso com o jornalismo de qualidade e a confiança do público.
