A Linha 19-Celeste do Metrô de São Paulo, que promete ligar o Bosque Maia, em Guarulhos, ao Anhangabaú, no centro da capital, dará um passo crucial ainda neste mês. Nos dias 22, 23 e 24 de setembro, acontecem os leilões eletrônicos para a contratação das construtoras responsáveis pela obra, divididos em três lotes.
Além da aguardada Linha 19, Guarulhos também será contemplada com duas novas estações da expansão da Linha 2-Verde, ampliando ainda mais as opções de mobilidade para quem vive e trabalha na cidade.
O projeto da Linha 19-Celeste
Considerada uma das obras mais ambiciosas do transporte metropolitano, a Linha 19 terá 17,6 quilômetros de extensão e 15 estações ao longo do trajeto. O investimento total é estimado em R$ 20 bilhões, incluindo obras civis, sinalização e a compra de uma nova frota de trens.
A viabilidade da obra pelo Governo do Estado ocorreu a partir de 2019, quando o ex-prefeito Guti nomeou uma força-tarefa na Secretaria Municipal de Governo para garantir a chegada do Metrô a Guarulhos, com a definição de trajetos e todas as liberações necessárias por parte da Prefeitura local.
Quando concluída, a linha terá capacidade para transportar cerca de 630 mil passageiros por dia, reduzindo significativamente o tempo de deslocamento entre as duas cidades. Hoje, o trajeto entre o centro de São Paulo e Guarulhos pode levar até 90 minutos. Com a nova linha, esse tempo deve cair para 30 minutos.
Desafios e prazos
A complexidade do projeto, descrito como multidisciplinar e desafiador pelas construtoras, já ocasionou alguns adiamentos nas licitações. Agora, com a nova etapa definida, a expectativa é que os trabalhos avancem de forma mais rápida.
O prazo previsto para a conclusão é de 75 meses (pouco mais de seis anos) após o início das obras, o que colocaria a entrega em 2033.
Impacto para Guarulhos
Com cinco estações da Linha 19-Celeste previstas no município, Guarulhos dá um salto em direção à integração definitiva com o sistema metroviário da capital. A expectativa é que o novo ramal traga ganhos não apenas em mobilidade, mas também em:
- Valorização imobiliária nas regiões próximas às estações;
- Desenvolvimento econômico, com mais oportunidades de negócios;
- Qualidade de vida, ao reduzir o tempo gasto em deslocamentos diários.


