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Polícia Civil descobre esquema de fraude bancária com prejuízo de mais de R$ 11 milhões

Operação “Swap Oculto” revelou mais de R$ 11 milhões de prejuízo - Foto: Divulgação/SSP
Operação “Swap Oculto” revelou mais de R$ 11 milhões de prejuízo - Foto: Divulgação/SSP
Divisão de Crimes Cibernéticos, da Polícia Civil descobre envolvimento de diversos funcionários de bancos no crime

A Polícia Civil deflagrou, nesta terça-feira (28), a Operação “Swap Oculto”, com o objetivo de desmantelar um complexo esquema de fraude bancária que contou com a participação de funcionários de uma instituição financeira e causou um prejuízo superior a R$ 11 milhões.

A investigação é conduzida pela 4ª Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCiber) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Estão sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Sorocaba, Praia Grande, São Bernardo do Campo, São José dos Campos e a capital paulista, além de outros municípios nos estados de Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Funcionários estariam burlando protocolos de segurança

A fraude foi identificada após o banco vítima detectar movimentações financeiras fraudulentas em contas corporativas de seus clientes.

Os investigadores constataram que colaboradores do próprio banco, os chamados “insiders”, utilizaram suas credenciais internas para burlar protocolos de segurança. Esta manipulação indevida permitiu a habilitação de IDs corporativos (ferramentas de segurança de rede), o que liberou o acesso de terceiros às contas e o subsequente desvio de valores sem a autorização dos titulares. Uma das empresas vítimas teve pelo menos R$ 7,9 milhões desviados após a habilitação irregular de um novo ID.

O delegado Paulo Eduardo Barbosa, da DCCiber, ressaltou a importância da ação: “A Polícia Civil está cada vez mais atenta à colaboração dos ‘insiders’, que são funcionários das próprias instituições financeiras que fornecem informações privilegiadas para grupos criminosos. Eles dão acesso à porta de entrada do crime”.

Valores em criptomoedas 

Os valores desviados pelos criminosos foram depositados em contas de “laranjas” e empresas de fachada. Parte significativa do montante foi convertida em criptomoedas do tipo USDT (Tether), movimentadas por meio de uma corretora de bitcoin e enviadas para carteiras digitais externas.

Até o momento, aproximadamente 220 mil dólares em criptoativos foram bloqueados judicialmente. As diligências continuam em andamento, visando identificar todos os beneficiários do esquema e recuperar a totalidade dos recursos desviados.

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