Um detalhe que não pode passar despercebido no crime que vitimou o empresário Paulo Vinicius dos Santos, de 35 anos, morto após ser agredido por um segurança e ser abandonado em um estacionamento ao lado. O cantor de pagode Robson Alves foi quem chamou o resgate para socorre-lo quase duas horas depois, após encontrá-lo caído e desfalecido. Ele relatou, em entrevista à TV Globo, que tentou ligar para o SAMU, mas não conseguiu atendimento e, diante da urgência, acionou o Corpo de Bombeiros, que chegou ao local cerca de meia hora depois. A agressão ocorreu por volta das 2h30 do último dia 20 de outubro. Questionamos a Prefeitura o motivo do SAMU não ter atendido ao chamado. Mas não houve respostas.
Emergência só para fazer vídeos
Nunca é demais lembrar que o SAMU é um serviço mantido pela Prefeitura de Guarulhos, responsável pelo atendimento de emergência a partir de demandas urgentes da população. Alvo de críticas por demoras de atendimento ou mesmo por não atender às demandas, neste ano, o prefeito Lucas Sanches só se lembrou do serviço quando entregou cinco ambulâncias novas que já estavam à disposição desde o final do ano passado, que chegaram a Guarulhos por meio de emenda parlamentar do deputado Alencar Santana (PT). Fora isso mais nada. E pelo que ocorreu no caso da adega, dá para perceber que o serviço não funciona.
Saúde tem atendimento precário
Aliás, muitos relatos em redes sociais dão conta de problemas no atendimento médico por parte da Prefeitura. Há reclamações de falta de médicos, demora na marcação de consultas, além de problemas para encontrar medicamentos até considerados básicos nas farmácias dos postos de saúde. Muita gente tem encontrado os pontos de distribuição fechados ou com atendimento restrito a poucas horas por dia por falta de profissionais, algo bastante condenado pelo candidato Lucas, mas deixado de lado pelo Lucas prefeito.
Servidores incomodados
Servidores municipais da área da saúde estão se sentindo muito incomodados com a falta de estrutura que o prefeito Lucas Sanches mantém no setor, que tanto alardeia em redes sociais ser sua prioridade, com vídeos mostrando reformas e entregas de equipamentos que já estavam prontos. Alguns relataram à reportagem do GWEB que não se sentem respaldados pela administração e sofrem ataques por parte da população sempre que uma reportagem é publicada sem a versão da Prefeitura.
Comunicação omissa
No entanto, a falta de respostas por parte da Prefeitura não depende da imprensa que faz as denúncias. É uma prerrogativa da administração que escolhe os veículos que quer ou acha conveniente responder. Se há respostas, não há problema algum em publicá-las junto aos problemas relatados. O problema é que o silêncio por parte da Subsecretaria de Comunicação, que deve ter a orientação direta ao prefeito para veículos como o GWEB, passa a ideia de que não se tem nada a dizer.
Sem hospitais veterinários
Mais de três meses se passaram e Guarulhos segue sem os “maravilhosos” hospitais municipais veterinários gratuitos anunciados por Lucas Sanches quando fechou os dois que existiam na cidade no Centro e no Pimentas. Nas redes e em releases divulgados à imprensa, a administração informou que em 60 dias dois novos estariam funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana, sem gastar nada a mais que os anteriores. O prazo expirou, a licitação não foi concluída e os pets seguem sendo atendidos em caráter precário em um ônibus “emprestado” na Getúlio Vargas e em um puxadinho de uma clínica veterinária particular nos Pimentas.
