A 37ª e penúltima rodada do Campeonato Brasileiro definiu o campeão e intensificou dramaticamente a luta contra o rebaixamento. Os jogos desta terça-feira (2) e quarta-feira (3) trouxeram desfechos emocionais e prepararam o palco para um encerramento de temporada eletrizante. Confira o resumo do GWeb!
Flamengo celebra supremacia no futebol em casa
O Flamengo conquistou o Campeonato Brasileiro de 2025 com uma rodada de antecedência, levantando a taça na quarta-feira após vencer o Ceará por 1 a 0 no Maracanã. Mais do que a regularidade, o título foi marcado pelo padrão de jogo e pela retomada do DNA do clube. O time de Filipe Luís começou e terminou o campeonato de forma dominante.
A superioridade rubro-negra está cravada nos números da temporada:
- Melhor ataque: 75 gols
- Melhor defesa: 24 gols
- Mais vitórias: 23 jogos
- Menos derrotas: 5 jogos
O campeão brasileiro de 2025 é um time de convicção que se valeu do melhor elenco do país. Filipe Luís repetiu a escalação usada no tetracampeonato da Libertadores, demonstrando confiança nas peças.
A equipe se adaptou aos adversários, diversificou as peças e superou ausências, mas nunca abriu mão da sua forma de jogar. Mesmo contra o Ceará, que veio ao Rio com o claro intuito de fechar a área e buscar um empate, o Flamengo demonstrou a paciência que o torcedor precisou aprender a assimilar.
Apesar de ter dificuldades em transitar e finalizar perto do gol, o time manteve a calma. O gol decisivo, aos 36 minutos, nasceu de uma infiltração de Lino na área após um passe de Carrascal e um corta-luz de Jorginho.
Santos perto de se salvar com Neymar fazendo seu papel

O atacante Neymar assumiu o modo “salvador da pátria” no Santos e, em apenas uma semana, tornou-se o grande responsável por deixar a equipe paulista perto de assegurar a permanência na primeira divisão do Campeonato Brasileiro.
Após anotar um gol e dar uma assistência na vitória por 3 a 0 contra o Sport, o camisa 10 foi além na última quarta-feira, diante do Juventude, e marcou todos os gols do triunfo por 3 a 0, em Caxias do Sul.
Ao fazer o primeiro jogo com três gols em quase quatro anos, Neymar praticamente livrou o Santos da queda.
O Santos começou a partida em Caxias do Sul com falta de “senso de urgência”. O Peixe dos primeiros 45 minutos pouco ameaçou o time da casa, e Neymar, limitado fisicamente, recebeu marcação mais justa de Jadson. Inclusive, o Juventude teve um gol anulado, momento em que o time gaúcho entrava na zona de rebaixamento e aumentava a pressão sobre o Santos.
Contudo, o camisa 10 apareceu no sacrifício para transformar uma noite potencialmente preocupante em alívio:
- 10 minutos: após perder um gol incrível no primeiro minuto do segundo tempo, Neymar conseguiu se desvencilhar da marcação e acionou Guilherme, que devolveu para o atacante bater de primeira no ângulo de Jandrei, com desvio.
- 19 minutos: em contra-ataque, Neymar recebeu de Igor Vinicius e anotou o segundo gol.
- 27 minutos: de pênalti, o craque fez o terceiro e completou a vitória fundamental no Rio Grande do Sul.
Fortaleza vence Corinthians e deixa Z-4 após seis meses
O Fortaleza conquistou uma vitória crucial sobre o Corinthians por 2 a 1 na Arena Castelão, resultado que permitiu ao Tricolor do Pici deixar a zona de rebaixamento (Z-4) na 37ª rodada, após um jejum de 27 rodadas que se estendia desde junho. O que antes parecia “impossível” agora ressurge “mais claro e vivo do que nunca” para o Leão, que acumula uma invencibilidade de nove rodadas.
O Fortaleza começou pressionando o Corinthians, aproveitando o interesse em resultados paralelos, como o do Bragantino, que vencia o Vitória. O gol que incendiou a Arena Castelão não demorou: aos sete minutos, Breno Lopes puxou o contra-ataque, serviu Herrera, que tocou para Pochettino finalizar livre e abrir o placar.
Com a vantagem, o Leão adotou uma postura eficiente: fechado atrás e veloz na frente. O time recuou, segurando as investidas do Timão, com destaque para o ótimo posicionamento de Brítez e Ávila, e a segurança do goleiro Brenno.
No segundo tempo, mesmo com o Corinthians assustando, o Fortaleza conseguiu ampliar o placar. Herrera marcou um golaço, encobrindo o goleiro Hugo.
No entanto, o Corinthians insistia e colocou fogo no jogo aos 24 minutos, quando André diminuiu após passe de Vitinho. O Timão aumentou a pressão, exigindo que o Fortaleza se fechasse e contando com a zaga de Brítez e Gastón.
O goleiro Brenno foi fundamental para assegurar os três pontos. Aos 45 minutos do segundo tempo, ele fez a “defesa do ano” em uma cabeçada forte de Romero, garantindo a vitória para o Laion.
Em fim de festa, Atlético-MG perde em casa para o Palmeiras

A derrota do Atlético-MG por 3 a 0 para o Palmeiras, na Arena MRV, na penúltima rodada do Brasileirão, foi marcada pelo desinteresse de parte dos jogadores, o que gerou forte protesto e lamentação da torcida.
A formação inicial, com três alterações promovidas por Sampaoli (Saravia, Scarpa e Rony), ficou em segundo plano, já que o time mostrou falta de vontade desde o primeiro minuto, contrastando com o Palmeiras, que buscou a vitória mesmo sem grandes pretensões.
A linha defensiva atleticana estava “desligada do jogo”, falhando em sustentar o ataque adversário.
- O primeiro gol do Palmeiras veio após um erro no recuo de Júnior Alonso e um cálculo incorreto de Vitor Hugo, permitindo que Flaco López abrisse o placar.
- A sequência de trapalhadas continuou com Arana, que não conseguiu cortar um lançamento, resultando no gol de Allan, que ampliou para 2 a 0 “sem forçar, ao natural”.
Ainda no primeiro tempo, Sampaoli colocou Bernard no lugar de Alonso, e o Galo conseguiu retomar o meio-campo e criar volume ofensivo. O time teve chances de diminuir com Igor Gomes (parou em grande defesa), Bernard (chutou no travessão) e Rony (finalizou para fora). O cenário ficou mais favorável com a expulsão de Piquerez, deixando o Galo com um a mais.
O Atlético-MG voltou para o segundo tempo com “outra atitude”, o mínimo esperado após o desempenho inicial. Jogadores como Dudu, Bernard, Igor Gomes e Hulk (que entrou no segundo tempo) entregaram uma postura digna.
A vantagem numérica resultou em uma blitz atleticana, com chances acumuladas, bola na trave, defesas de Carlos Miguel e até um gol anulado. No entanto, foi o Palmeiras quem marcou o terceiro gol, após um vacilo de Alan Franco, fechando o placar.
Arerê, o Inter vai jogar a Série…

A 37ª rodada do Brasileirão intensificou o drama do Internacional, que viu o São Paulo aplicar um 3 a 0 na Vila Belmiro. A torcida do São Paulo embalou o hit “Arerê” de Ivete Sangalo para rebaixar os gaúchos, confirmando a previsão do “vai descer”.
O Inter de Hernán Crespo, que vinha de uma goleada de 6 a 1, não precisou sofrer para castigar a “ruindade colorada”.
Em um ato de desespero para tentar evitar a queda, a diretoria do Inter buscou o técnico Abel Braga. Contudo, a análise aponta que o clube precisava de um “mágico e milagreiro”. Abel, com apenas três dias de trabalho, ousou no esquema 3-6-1, mas não obteve sucesso.
A fragilidade da equipe é generalizada:
- O sistema defensivo é superado por qualquer rival.
- O meio-campo marca pouco e cria menos ainda.
- O ataque é inoperante.
A apatia e a desarmonia do time se manifestaram em destemperos no gramado, como a discussão entre Alan Rodriguez e Juninho, que se uniu a Alan Patrick e Mercado no fim do primeiro tempo.
Na Vila, a trilha sonora do rebaixamento foi disparada pelos tricolores, que cantaram “arerê! O Inter vai jogar a Série B” do intervalo até o fim da partida.
Os colorados presentes no estádio entoavam músicas que assimilavam a queda no final do jogo. Ao término, houve gritos de “time sem vergonha” e xingamentos à direção e jogadores como Barcellos, Borré e Rochet. Torcedores atiraram pipoca e até um tênis no time na saída de campo, com Vitão fazendo gesto de desculpas.
A análise é dura: o Inter “merece ser rebaixado” pelas decisões equivocadas da direção, problemas dos jogadores e conduta, tendo “pedido em casamento a Série B”.
O Inter ocupa a 18ª posição com 41 pontos e precisa de uma combinação improvável na última rodada:
- Vencer o Bragantino no Beira-Rio.
- Torcer contra Ceará (15º, 43 pontos), Fortaleza (16º, 43 pontos) e Vitória (17º, 42 pontos).
Mirassol e a busca do (im)possível
O Mirassol realizou uma das maiores campanhas da história recente do Campeonato Brasileiro. A equipe do interior de São Paulo, que estreou na elite em 2025, superou o que era considerado “impossível” com autoridade, indo muito além do seu próprio sonho inicial.
O clube, que no ano anterior estava na Série B, transformou a luta pela manutenção na elite em um verdadeiro “milagre”. O objetivo inicial, a permanência, já era considerado um título, mas o time não descansou e alcançou as estrelas, garantindo uma vaga na Copa Libertadores.
A campanha fantástica é fruto de um trabalho sério, liderado pelo técnico Rafael Guanaes. O treinador, que começou o ano com a missão de evitar a queda, provou que com um planejamento comprometido e uma mentalidade forte, é possível “alcançar as estrelas”.
O Mirassol se destacou pela regularidade — jamais ficando mais de três jogos seguidos sem vencer — e pela manutenção de um alto nível de performance. O sucesso do time é um “case de sucesso no futebol brasileiro”, mostrando que não basta apenas ter dinheiro, mas é necessário saber o que fazer com ele, com um trabalho bem executado em todos os processos.
A conquista da vaga para a Libertadores é a coroação de um sonho que, para alguns no clube, era vivido apenas no “Football Manager” (jogo eletrônico), mas que hoje se concretizou na vida real.
Vitória entra em colapso e toma baile de RB Bragantino
O Vitória enfrentou um dos seus piores momentos na temporada, na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. A análise da partida contra o Bragantino apontou que o Leão “lembrou a sua pior versão” em campo, sendo completamente dominado e tomando um “baile” do adversário.
O desempenho frustrante empurrou o clube baiano para um drama intenso a apenas um jogo do final da competição.
A derrota para o Bragantino foi particularmente dolorosa por reverter a esperança de sobrevivência do clube. A equipe demonstrou fragilidades que a análise classificou como a “pior versão” do Vitória, falhando em se impor no confronto direto.
O resultado, que foi uma derrota expressiva, colocou o Vitória no limite da zona de rebaixamento (Z-4), dependendo agora de uma reação imediata na última rodada para evitar o pior desfecho da temporada.
A equipe terá de superar a atuação desastrosa e a pressão para garantir os pontos necessários para a permanência na Série A no jogo final.



