Nos últimos dias, publicações nas redes sociais apontam que moradores de alguns bairros de Guarulhos estão sofrendo com falta de água. No Parque Mikail 2, há relatos de até quatro dias sem água. O mesmo estaria ocorrendo em pontos mais altos do Ponte Alta e bairros próximos.
O GWEB questionou a Sabesp para saber se havia algum problema pontual com obras programadas ou emergenciais. Mas a companhia atribuiu o problema ao estado geral, como vem ocorrendo em toda a Região Metropolitana de São Paulo, 0nde há um aumento expressivo no consumo de água nos últimos dias, em razão das temperaturas elevadas, do período de férias e das festas de fim de ano. “Esse cenário tem provocado oscilações pontuais no fornecimento e exige ajustes operacionais constantes para garantir o atendimento à população”, informou a companhia.
Ainda segundo a Sabesp, “de forma geral, as áreas mais altas tendem a ser as mais impactadas, em razão da menor pressão da rede, enquanto as regiões mais baixas seguem sendo abastecidas normalmente. A Sabesp também registrou aumento de consumo em outras regiões do Estado”.
A Sabesp mantém o sistema sob monitoramento contínuo, com reforço no bombeamento, direcionamento do abastecimento no período noturno e apoio de caminhões-pipa em áreas críticas, sempre que necessário.
“Nos últimos dias, a demanda por água atingiu patamares elevados. Para efeito de comparação, entre os dias 14 e 20 de dezembro, para atender cerca de 21 milhões de habitantes da Região Metropolitana de São Paulo, a Companhia produzia aproximadamente 66 mil litros de água por segundo. Na quarta-feira (24), esse volume chegou a 72 mil litros por segundo, mesmo com uma redução estimada de 30% da população na capital e região metropolitana devido às viagens de fim de ano, o que evidencia um aumento de cerca de 60% no consumo por pessoa em relação à semana anterior”, aponta a nota.
Diante desse cenário, a Sabesp reforça a importância do uso consciente da água, evitando desperdícios como lavar carros e calçadas, encher piscinas ou utilizar água para fins não essenciais. A orientação é priorizar atividades básicas, como alimentação e higiene pessoal.
