Polícia

Segurança de São Paulo prende mais de 11 mil agressores de mulheres em 2025

Operação Ano Novo, Vida Nova realizou prisões nesta terça-feira (30) (Foto: Celso Silva/Governo de SP)
Operação Ano Novo, Vida Nova realizou prisões nesta terça-feira (30) (Foto: Celso Silva/Governo de SP)
São Paulo ultrapassa 11 mil agressores de mulheres presos em 2025 após operações integradas de combate à violência doméstica em todo o estado.

As forças de segurança de São Paulo já prenderam mais de 11 mil agressores de mulheres em 2025, resultado de uma série de operações coordenadas pelo Governo do Estado para o enfrentamento à violência doméstica. Somente em ações especiais, cerca de 4 mil prisões foram efetuadas, evidenciando o endurecimento das medidas contra crimes praticados contra mulheres.

Operação Ano Novo, Vida Nova

Nesta terça-feira (30), o governo paulista detalhou os resultados da quarta operação especial do ano, batizada de Ano Novo, Vida Nova, realizada pela primeira vez com integração entre a Secretaria de Segurança Pública e a Secretaria de Políticas para a Mulher.

A ação teve início na segunda-feira (29) e já resultou no cumprimento de ao menos 233 mandados de prisão. Segundo o secretário de Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves, o número de prisões ainda deve aumentar.

“São pessoas condenadas que descumpriram medidas cautelares. Quase 1,5 mil policiais estão envolvidos. Não vamos dar trégua. A defesa da mulher é prioridade”, afirmou o secretário.

Perfil dos presos

De acordo com a coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs), Cristiane Braga, a maior parte dos crimes está relacionada a lesão corporal e descumprimento de medidas protetivas.

“Isso demonstra um perfil de desrespeito às decisões judiciais. Ao agir rapidamente, evitamos que esses agressores reincidam em condutas ainda mais graves”, explicou.

Segundo o levantamento, a maioria dos presos é formada por conviventes ou ex-conviventes das vítimas, em geral homens mais jovens e que já possuíam condenações anteriores.

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Ações contínuas e política pública

O balanço de mais de 11 mil presos considera dados acumulados até outubro, o que indica que o número pode crescer ainda mais até o fim do ano. As ações fazem parte de uma estratégia permanente do governo estadual que combina repressão policial, prevenção e políticas públicas de proteção às mulheres.

A secretária de Políticas para a Mulher, Adriana Liporoni, destacou a importância da estrutura especializada do estado.

“São 142 Delegacias de Defesa da Mulher em São Paulo. Nenhum outro estado chega a 10% desse número. Temos ainda a DDM Online, que permite registrar boletins de ocorrência e solicitar medidas protetivas de qualquer lugar”, afirmou.

Mobilização em todo o estado

A operação mobilizou todos os Departamentos de Polícia Judiciária do Interior e as seccionais da capital, com atuação direta das Delegacias de Defesa da Mulher. O objetivo é interromper ciclos de violência, garantir o cumprimento rigoroso das decisões judiciais e ampliar a segurança das mulheres paulistas.