Depois de abrirem com viés de alta, os juros futuros inverteram o sinal e passaram a exibir viés de baixa nos contratos curtos – com exceção dos curtíssimos, como o janeiro/2021 – e queda nos intermediários e longos. Segundo Flávio Serrano, do banco Haitong, a queda das taxas hoje mesmo após o forte recuo de ontem, quando os juros marcaram mínimas históricas, é justificada no aumento das apostas de um novo corte da Selic na semana que vem.
Serrano afirma que uma série de elementos nutre o ambiente que permite a queda das taxas em toda a curva. "Há uma crença no avanço das reformas no Brasil e também a expectativa de juros muito baixos por muito tempo nos Estados Unidos", disse o economista-chefe do banco de investimentos.
Ele observa que o mercado tem dado sinais de acreditar que o Brasil conseguirá ter um desempenho fiscal sustentável, apesar de o quadro ainda ser frágil.
Às 9h39, o DI para janeiro de 2022 voltava para a estabilidade, exibindo a mesma taxa no ajuste de ontem (2,63%) depois de renovar mínima a 2,60% e de abrir a 2,65%. O DI para janeiro de 2025 exibia 5,18% ante 5,15% na mínima intraday e 5,20% no ajuste de ontem.
O DI para janeiro de 2029 estava em 6,62% depois de renovar mínima a 6,60% e ante 6,65% no ajuste de ontem.
Segundo Serrano, a curva de juros segue mostrando em torno de 80% de probabilidade de corte da Selic na próxima quarta-feira.