O ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, defendeu nesta quarta, 8, que as nações mais ricas estabeleçam instrumentos para auxiliar países que têm sofrido com grandes saídas de capital, no âmbito da pandemia da covid-19. A declaração foi feita durante uma videoconferência ministerial sobre o assunto, organizada pelo G20 e pelo Fórum de Paris.
Le Maire argumentou que o evento de hoje poderia ser uma oportunidade para desenhar "soluções concretas", com atuação conjunta, para lidar com o tema em foco na conferência, intitulada "Enfrentando a crise da covid-19: restaurando os fluxos sustentáveis de capital e o financiamento robusto para o desenvolvimento". Segundo a autoridade francesa, é preciso que as nações avaliem a necessidade de reestruturação profunda da dívida para alguns países, "analisando caso a caso".
O ministro francês disse que deve ser evitado que países fiquem "paralisados com dívida excessiva". Ele ainda defendeu uma iniciativa conjunta para apoiar o setor privado na África, no contexto atual.
<b>Arábia Saudita: G20 avançará em iniciativa para suspensão de dívidas</b>
O ministro das Finanças da Arábia Saudita, Mohammed Al-Jadaan, afirmou que há um acordo no G20 para avançar na iniciativa pela suspensão de dívidas para os países mais pobres. A declaração foi dada ao final de uma cúpula virtual da entidade, que tem atualmente a Arábia Saudita como presidente de turno.
Al-Jadaan disse que as nações do G20 estão comprometidas a buscar uma "trajetória melhor" para os países mais vulneráveis, no quadro atual de pandemia e outros problemas associados à doença. Segundo ele, a intenção é enfrentar a crise como "desafio comum", em busca também de meios para melhorar o financiamento para o crescimento dessas nações.
Outra questão em foco no G20 é o aumento da volatilidade, comentou nas declarações finais do encontro. Segundo ele, o desenvolvimento de mercados de capital pode contribuir para um crescimento mais inclusivo. Al-Jadaan comentou ainda que outro tema foi "o financiamento sustentável para o desenvolvimento da África".