Três dias depois de o Red Bull Bragantino ter reiniciado o seus treinamentos e provocado polêmica com outros clubes que disputam a Série A1 do Campeonato Paulista, representantes da Federação Paulista de Futebol (FPF) e os 16 presidentes das equipes que compõe o torneio participaram nesta sexta-feira de uma "constrangedora" reunião virtual.
"Em alguns momentos a reunião foi constrangedora, pois algumas equipes já retornaram aos treinos, mas o Red Bull Bragantino foi o único a admitir, quebrando a união de atitude entre os clubes", lamentou Sidney Riquetto, presidente do Santo André, em entrevista ao Estado.
Na terça, após receber autorização da Prefeitura de Bragança Paulista, o Red Bull Bragantino iniciou as atividades em campo com seus jogadores, seguindo um protocolo apresentado ao executivo municipal. A equipe foi a única a retomar publicamente as atividades, mas outros times também estariam treinando.
A postura gerou críticas e o clube de Bragança se defendeu, alegando que "sempre agiu dentro da legalidade" e que "não há nenhuma tentativa de se obter vantagem técnica, mas, sim, de dar um primeiro passo consciente e seguro rumo à retomada do futebol".
Já o Santo André, dono da melhor campanha até o Estadual ser paralisado, não tem nem onde treinar, porque o Bruno José Daniel está sendo usado como hospital de campanha no combate ao coronavírus.
"Estamos em negociação avançada para conseguir um local de treinamento fora da cidade para ser nosso quartel general, pois o estádio municipal, que usávamos, hoje é um hospital de campanha", explicou o presidente do clube do ABC paulista, que defendeu a retomada das atividades.
"Com o seguimento do protocolo, as testagens pré-início dos treinos, confinamento dos atletas, acho que nossas atividades serão mais seguras do que trabalhos no shopping e supermercados", concluiu.