Na véspera de iniciar as atividades do primeiro GP da temporada 2021 da Fórmula 1, no circuito de Sakhir, no Bahrein, o piloto britânico Lewis Hamilton, da Mercedes, revelou que vai continuar com seus protestos contra o racismo e a favor dos direitos humanos iniciados no ano passado.
"Foi importante me ajoelhar e mostrar às comunidades pretas ao redor do mundo que estou com elas", disse Hamilton. "Vou continuar me ajoelhando. Pessoas mais novas vão perguntar aos pais ou aos professores o motivo disso. É um assunto que deixa as pessoas desconfortáveis, mas que os pais vão explicar", afirmou o sete vezes campeão mundial da principal categoria do automobilismo.
Hamilton iniciou a série de protestos após a morte de George Floyd, um afro-americano assassinado em Minneapolis em 25 de maio de 2020, estrangulado por um policial branco que ajoelhou em seu pescoço durante uma abordagem por supostamente usar uma nota falsificada de vinte dólares em um supermercado.
O inglês também se manifestou contra o assassinato Breonna Taylor pela polícia norte-americana. "Não posso ignorar o fato de que o ano passado foi pesado para mim. Eu vou ficando mais velho, aprendendo mais, e todos nós passamos por fase de aprendizado. Eu me senti empoderado por não ficar em silêncio, que é o que alguns querem."
Hamilton descartou a possibilidade desta temporada ser a sua última na F-1. "Na minha situação atual, não sinto que esta seja o fim. Acho que pode ser a temporada mais emocionante, temos novos equipamentos, formatos, tudo mais próximo. Eu não sinto como se eu estivesse no final, mas apenas nos próximos oito meses saberei se estou pronto para parar ou não. Eu não acho que estou, mas ninguém sabe", disse o dono do recorde de 95 vitórias, em entrevista coletiva.
Os primeiros treinos livres estão previstos para esta sexta-feira, às 8h30 e 12 horas, enquanto grid de largada será definido no sábado às 12h. A corrida, que terá transmissão ao vivo da Bandeirantes, começa às 12h do domingo.