USP libera retorno de até 30% dos funcionários

A Universidade de São Paulo (USP) passou a permitir o retorno presencial de atividades de pesquisa e a volta de até 30% dos funcionários técnico-administrativos nos câmpus da capital paulista. A permissão, válida a partir desta segunda-feira na maior universidade do País, faz parte de um plano de retomada das atividades presenciais a que o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso. A volta gradual na USP será realizada em cinco etapas. Só na última, prevista para o ano que vem, estudantes de graduação e pós poderão voltar a ter aulas teóricas presenciais.

A USP, assim como as demais instituições de ensino do Estado, está fechada desde março, após decreto de quarentena, para conter o coronavírus. A retomada gradual deve priorizar, em um primeiro momento, os laboratórios. "Todas as atividades de pesquisa no câmpus da capital poderão retornar, dentro dos protocolos estabelecidos no plano", informou a USP.

Estudantes de pós-graduação e pós-doutorandos poderão acessar os laboratórios, desde que respeitados os limites de ocupação dos espaços. O plano prevê, por exemplo, que, na primeira etapa de abertura, em que se encontra o câmpus Butantã, na zona oeste de São Paulo, só uma pessoa possa permanecer em ambientes de até 7 metros quadrados.

O número sobe para duas pessoas nos ambientes de 7 a 15 metros quadrados. Deverá ser dada prioridade a pesquisas em fase final, àquelas que podem perder a validade e a pesquisadores com dificuldades de acesso à internet. Fica a cargo dos diretores de cada unidade dar o aval para o retorno de até 30% dos servidores técnicos e administrativos para atender às necessidades da pesquisa. O retorno dos funcionários neste momento é facultativo.

<b>Unicamp</b>

Mesmo sem data definida para o retorno, a Unicamp também publicou uma cartilha eletrônica com diretrizes e protocolos para uma retomada gradual das atividades presenciais de professores, alunos e funcionários.

A retomada está condicionada à evolução da pandemia nas regiões de Campinas, Limeira e Piracicaba, no interior de São Paulo (cidades em que a universidade possui câmpus). Se essas cidades se mantiverem nas condições atuais, a previsão é de que a universidade divulgue uma data de retorno às aulas presenciais já na primeira semana de setembro. Ainda assim, o plano da instituição possui três fases, com períodos que variam em até quatro semanas.

Antes da volta ao câmpus, todos os funcionários deverão cumprir um programa de formação, por meio de videoaulas.

Também serão realizados testes do tipo RT-PRC, que detectam a presença do coronavírus no organismo, em todos que forem retornar. O regresso do funcionário, professor ou aluno só vai ocorrer mediante o resultado negativo do exame. As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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