O ministro Paulo Guedes afirmou na desta segunda-feira, 27, que o governo seguirá firme na mesma política econômica apresentada antes da crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o economista disse em tom confiante que o país retomará crescimento e que dará continuidade às reformas fiscais.
"Queremos reafirmar justamente a todos que acreditam na política econômica que ela segue, é a mesma política econômica, nós vamos prosseguir com as nossas reformas estruturantes vamos trazer bilhões em investimento em saneamento e infraestrutura, tá?", disse Guedes.
Após rumores sobre a permanência do ministro à frente da equipe econômica, Bolsonaro convocou uma série de ministros para reforçar o discurso de Guedes sobre a retomada econômica.
O presidente também demonstrou confiança no trabalho do economista e afirmou que ele é o único que decide sobre economia no País.
Segundo o ministro, os gastos extraordinários feitos pelo governo em decorrência da crise do novo coronavírus são uma "exceção" na condução da política econômica.
Guedes afirmou que nas últimas semanas a equipe econômica trocou a agenda de reformas estruturantes para medidas emergenciais com foco de criar uma camada de proteção para a população mais vulnerável.
O economista disse que o governo já começa a "mergulhar" em medidas para o futuro agora que o governo "controlou" a onda da crise no sistema de saúde. "Ano que vem e esse ano mesmo já voltamos as reformas. No ano que vem nós já vamos estar certamente crescendo com o investimentos em saneamento, em petróleo e gás, em infraestrutura, em logística. Então, nós seguimos firmes em nosso compromisso", comentou.
O discurso de Guedes foi reforçado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que disse que há interesse de investidores, nacionais e estrangeiros, em ativos brasileiros. Segundo ele, o governo realizará leilões de concessões ainda neste ano.
A ministra Tereza Cristina, da Agricultura, também destacou o resultado de safras e exportações e destacou que não há problemas em abastecimento no País.
Na área econômica, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que parte solução para a crise vai partir do governo federal. Segundo ele, há preocupação na manutenção da disciplina fiscal, que será o que vai manter a economia em curso e dará condições para que País consiga viver com o juros baixo e a inflação controlada.
Campos Netos também afirmou é papel do BC manter controle de preços e solidez do mercado. Ainda, que vê resultados das medidas, como o crescimento da concessão de crédito. "Existe uma preocupação do crédito chegar no pequeno. O BC está tomando as ações possíveis para que isso aconteça", comentou.