O Índice Bovespa opera em alta na primeira hora de pregão desta quarta-feira, em uma sessão de recuperação de parte das perdas expressivas dos dois últimos dias, que custaram ao índice uma queda de 3,53%. A abertura positiva das bolsas de NY contribui para a alta, que ganhou força por volta das 11h. Mas a cautela do investidor também segue em alta, como sugere o mercado de câmbio, com o dólar resistindo à queda, mesmo em um dia de enfraquecimento da moeda ante divisas de países emergentes. O risco fiscal segue firme no foco do mercado, que aguarda novas notícias sobre a origem dos recursos para o Renda Cidadã, pivô do estresse dos últimos dias.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos teve queda de 31,4% no segundo trimestre, em números anualizados, mostrou a leitura final do dado, divulgada pelo Departamento do Comércio. Analistas ouvidos pelo <i>Wall Street Journal</i> previam recuo um pouco maior, de 31,7%. Mais cedo, relatório de empregos no setor privado da ADP também havia mostrado dados melhores que o esperado.
Por aqui, o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 87,594 bilhões em agosto, informou mais cedo o Banco Central. Este é o maior déficit para o mês na série histórica, iniciada em dezembro de 2001. Em junho deste ano, havia sido registrado déficit de R$ 81,071 bilhões.
O cenário eleitoral nos Estados Unidos ganha uma nova dinâmica após o primeiro debate entre os dois candidatos à Casa Branca, considerado bastante negativo. Com isso, os índices futuros da Bolsa de Nova York operaram em baixa durante todo o período da manhã. No mercado à vista, no entanto, o sinal é positivo nestes primeiros minutos de negociação, favorecido pelos dados econômicos melhores que o previsto. Às 10h56, o Índice Bovespa tinha alta de 1,18%, aos 94.688,93 pontos. O índice Dow Jones subia 0,93%, o S&P500 avançava 0,66% e o Nasdaq, 0,65%.